quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

26 Perguntas Embaraçosas para Cristãos

1. Se Deus nos ama tanto e quer que estejamos com ele, por que ele poria nossas almas em risco ao deixar a difusão de sua palavra a cargo de mentirosos e aproveitadores? Um pai amoroso deixaria seus filhos a mercê de mestres mal intencionados se soubesse o caráter deles?

2. Se o universo é, por definição, tudo o que existe e está em todo lugar, por que tem gente que vive perguntando “então de onde veio o universo?”. Existe lugar fora do universo?

3. Se a Bíblia diz que Deus é onisciente e não se arrepende, por que esta mesma Bíblia diz que ele se arrependeu de sua criação?

4. Por que Deus mandou o dilúvio para eliminar o mal na Terra, mas a nova humanidade continuou má? Deus falhou? Se ele sabia que não ia surtir efeito por que o fez? Resolveu se divertir brincando de afogar as pessoas e inventou tal desculpa?

5. Se Deus é imutável, porque ele precisou “mudar as regras” enviando Jesus a Terra?

6. Por que um deus sábio que tudo pode, ao invés de resolver tudo rápida e racionalmente, teve que se tornar carne para sacrificar a si próprio, para satisfazer a si mesmo, para livrar sua criação de sua própria ira? Será que Deus é insensato e masoquista? Ou isso tudo são invenções de homens primitivos desprovidos de lógica que escreveram a Bíblia?

7. Por que deístas e teístas dizem que precisaríamos vasculhar todos os lugares do universo e não encontrar Deus para afirmar que ele não existe, quando precisaríamos somente não encontrá-lo em um lugar, visto que é supostamente onipresente?

8. Se Deus não causa confusão, o que dizer da torre de babel e dos milhares de facções cristãs se digladiando?

9. Cristãos dizem que na morte os bebês vão direto para o céu, então por que são contrários ao aborto nos casos de gravidez por estupro ou quando põe em risco a vida da mãe?

10. Por que Deus permite que uma criança nasça sabendo que ela no futuro vai ser condenada ao sofrimento eterno no lago de fogo e enxofre se ele a ama? Ou não ama?

11. Como Deus pode ter emoções como ciúme, raiva e tristeza, se ele é onisciente e estas são reações ao imprevisto ou frustrações de planos?

12. A Bíblia diz que as lembranças sobre o passado na Terra serão todas apagadas nos que forem salvos. Mas não somos nossa memória? O que Deus salvará então, zumbis?

13. Por que Deus abriu o mar vermelho para salvar os judeus do Egito, mas não abriu os portões dos campos de concentração durante a segunda guerra mundial?

14. Em Isaías 40:28 diz “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?”. Então como é que Moisés diz que Deus descansou no sétimo dia da criação?

15. Se alguém nasce com problemas mentais, seu espírito também tem problemas mentais?

16. Quando um velho caduca seu espírito também envelheceu?

17. Por que danos ao cérebro podem mudar a personalidade como, por exemplo, tornar um pai amoroso indiferente com os filhos, se nossa essência está no espírito?

18. Cristãos gostam de dizer que Jesus sacrificou sua própria vida por nós, mas se ele era Deus e não podia errar nem ser condenado e agora está vivo no céu como dono de tudo... O que ele sacrificou mesmo?

19. Se o design de Deus é tão inteligente, porque os homens possuem mamilos se não precisam dar de mamar e ainda podem ser acometidos de câncer?

20. Por que os cristãos dizem que certos fatos são “planos de Deus” se planos são oriundos de mentes limitadas que tentam prever o futuro para minimizar erros?

21. Por que precisamos de um corpo se nosso espírito pode fazer tudo o que fazemos e até melhor?

22. Se, como dizem os crentes, nada ocorre sem consentimento de Deus e tudo é “plano dele”, ele planejou todos os males, dor e catástrofes que ocorrem com a humanidade?

23. Se Deus concedeu o livre arbítrio por que castiga e condena os que não concordam com ele?

24. Muita gente acredita em fantasmas de pessoas e animais mortos, então por que só há relatos de fantasmas de pessoas e bichos da fauna atual, mas ninguém vê fantasmas de homo herectus, neanderthais, nem dos gigantescos dinossauros ou mamutes cuja existência é confirmada por fósseis e corpos congelados?

25. Se Jesus era filho de Deus com Maria, porque há uma árvore genealógica nos evangelhos onde Jesus é filho de José?

26. Por que a maioria dos atributos de Deus é característica da inexistência: Sem corpo, imaterial, incompreensível, invisível, imperceptível?
Postado por Jonas Alexandre

fonte: http://obomherege.blogspot.com/2008/12/26-perguntas-constragedoras-para-os.html

domingo, 21 de dezembro de 2008

Deus pode ser onisciente, onipotente e onipresente?

Esta aqui é uma reflexão recente. Se você pensar direitinho, perceberá que Deus não pode ser ao mesmo tempo onisciente e onipotente, como diz a bíblia. Quem estuda lógica já percebeu isso. Se Deus é onisciente, Ele já tem de saber que vai intervir para mudar o curso da história usando sua onipotência. Mas isso significa que Ele não pode mudar de idéia sobre a intervenção, o que significa que Ele não é onipotente. Karen Owens já colocou isso em versos:

“Can omniscient God, who

Knows the future, find

The omnipotence to

Change His future mind?”

O problema é simples. Se Deus é onisciente, Ele sabe tudo. Portanto, sabe o que acontecerá daqui a 48hs e sabe exatamente o que Ele fará a respeito disso. Então Ele já sabe o que vai acontecer e a decisão Dele sobre aquilo. Se Ele muda de idéia – vamos supor, por misericórdia a alguém –, a decisão já é outra, então o que Ele sabia originalmente já não é mais verdadeiro. Portanto, é logicamente impossível ser onisciente e onipotente ao mesmo tempo.

A onipresença também é problemática.

Nós, humanos, somos seres quadridimensionais. Quem estudou matemática e física sabe disso. O nosso mundo é traduzido e compreendido em 4 dimensões. Três dimensões representam o espaço (comprimento, largura e altura). A quarta representa o tempo. Nós adotamos um sistema de referência espacial com três eixos perpendiculares entre si: qualquer ponto do espaço pode ser definido por três números, que representam as coordenadas do ponto em relação aos eixos. Como no desenho de um cubo. A grosso modo, as direções principais nas três dimensões conhecidas são chamadas de “em cima/baixo” (altitude), “norte/sul” (longitude) e “leste/oeste” (latitude). Mas tudo o que acontece, porém, acontece no tempo. Não existe, por exemplo, um cubo instantâneo (nasceu e morreu!). Se posso vê-lo num desenho, é porque ele persiste no tempo. Portanto, para descrever um acontecimento, é preciso mais um número, que represente uma medida de tempo, isto é, uma coordenada temporal. Nosso mundo não é estático, mas dinâmico. Por isso que, desde Einstein, falamos em “espaço-tempo”.

Contudo, o tempo é uma ilusão. Se uma pessoa viajasse em grande velocidade e estivesse usando um relógio, ela veria que, em relação aos relógios de pessoas que estivessem paradas, o seu relógio se atrasaria. Quem estudou física sabe disso. O limite desse atraso é atingido quando se atinge a velocidade da luz. Pois, segundo a teoria da relatividade de Einstein, nada pode viajar acima dessa velocidade. Então vamos pegar um exemplo: por hipótese, existe uma máquina que viaja na velocidade da luz. O relógio no pulso do piloto dessa máquina sofreria um atraso infinito, ou seja, ficaria congelado. Os batimentos cardíacos seriam retardados e o metabolismo seria retardado. Ele envelheceria bem mais devagar. Assim, ele veria o futuro. Se a tal máquina conseguisse ultrapassar a velocidade da luz, ele veria o passado, pois o tempo seria negativo. Esse piloto poderia ver, ao mesmo tempo, o nascimento e a morte de um parente seu. O tempo seria irrelevante para ele. Simplesmente não existiria.

A rigor, eu e você não existiríamos para ele, pois a existência só tem sentido no tempo. Para nós, o tempo é importante. Para esse piloto que se movimenta na velocidade da luz, não seria: o tempo não correria, se congelaria. Nesse contexto, não podemos mais falar de tempo como uma dimensão. Não tem sentido falarmos em “espaço-tempo”!

O tempo é a distância entre eventos, assim como o espaço é a distância entre lugares. O tempo nada mais é do que correlação entre coisas no espaço. Na hipótese do piloto que viaja na velocidade da luz, o tempo é anulado, se transforma numa mera dimensão espacial.

Hoje, eu digo: saí de Munique às 15hs e cheguei em Frankfurt às 21hs, passando antes por Rothenburg, onde fiquei por uma hora. O nosso piloto veloz diria: “Eu em Rothenburg-Frankfurt-Munique, desde sempre e para sempre.” Não existe referência temporal, não existe “espaço-tempo”.

O universo para esse piloto é estático! O tempo é ilusão. Enfim, o tempo é apenas a forma como nós humanos ligamos eventos, em nosso mundo lento.

Agora vem o que interessa. A bíblia diz que Deus é onipresente. A ciência diz que só existe uma coisa onipresente no universo (ou quase isso): a luz. A teologia diz que tem mais uma: Deus! Então agora volte ao exemplo do piloto na máquina veloz e o substitua por Deus. Se Deus é onipresente, o tempo não existe para Ele, o que significa que nós não existimos para Ele! Somos instantâneos para Ele! Qualquer relacionamento entre nós e Ele seria, portanto, impossível.

Assim, se os relacionamentos que a bíblia diz que Deus teve com os humanos são relatos verdadeiros, então é falso dizer que Ele é onipresente. Se não é onipresente, Ele não se move na velocidade da luz, e, portanto, não pode ver o futuro. Ele tem a mesma limitação que nós temos. Portanto, também seria falso dizer que Ele é onisciente. Não pode saber tudo. Muito menos seria, na mesma lógica, onipotente.

Está aí demonstrada uma grande contradição bíblica!

sábado, 8 de novembro de 2008

Tipos de Ovelhas

Ovelha Boqueteira: Só sabe falar de sexo oral. Sempre quer saber da vida sexual alheia.

Ovelha Vaqueira: Aquele q trata as ovelhas como bois e vacas com o famoso chicote.

Ovelha Sócio (sócio minoritário, pois não pode mandar): Aquele que só faz o q o que o clero manda.

Ovelha Comissão: Vive participando de toda e qualquer reunião para fuder os outros.

Ovelha Estatística: Vive enchendo o saco de todo mundo atrás dos relatórios e das metas.

Ovelha Tampax: Vive entrando nas intimidades das irmãs. "Saia Curta não poooode!"

Ovelha Texto: Pra tudo ele tem que abrir a biblia e ler um texto bíblico.

Ovelha Cacique: Aqueles que adoram mandar na tribo, tudo tem que passar pelo seu aval, não necessariamente são presidentes, mas se sentem.

Ovelha Réptil: Rasteja atrás dos outros para ganhar influência e "privilégios".

Ovelha Jabuti: Vive se escondendo dentro da carapaça, nunca sabe, nunca pode, é devagar, e a frase favorita: "o irmão já pesquisou a respeito?"

Ovelha Pedófilo: Só anda atrás dos jovens, na tribuna faz questão de chamar atenção das crianças para participarem, e etc.

Ovelha Faxineira: Aquele que esconde tudo embaixo do tapete, tudo é limpeza, organização.

Ancião Jeca-Tatu: Todo mundo sabe que ele não tá preparado pra nada, fala errado, comete gafe na tribuna, e a platéia estremece só de ver ele subir na tribuna.

Ovelha Recepcionista: Sempre tá na porta do salão e faz questão de apertar a mão de todos, e pra variar dizer: "Olá irmão, tudo bem?, como tem passado?"

Ovelha Star: Na tribuna ele dá um show. Todos aguardam em frisson por suas partes.

Ovelha Xerox: Copia tudo o que os outros falam, fazem, e pensam.

Ovelha Depois: Aquele que chega nos outros , com a famosa frase: "Preciso falar com você depois da reunião."

Ovelha COLIH: COstuma Levantar Indagações Homossexuais , (conhecidos como CAÇA-GAYS)

Ovelha Polêmica: Todos sabem que ele tem todas as ferramentas e trejeitos gay, mas daí a provar...

Ovelha Corinthiana: Só ele é fiel.

Ovelha Francêsa: Nunca toma banho, e coloca litros de perfume para esconder o futum.

Ovelha Cheira Bunda: Vive atrás dos influentes $$ da congregação atrás do $$ business.

Ovelha Cera: Aquele que sempre é o ultimo a ir embora, fica fazendo cera depois da reunião.
Ancião Zelador: Vive cuidando da vida alheia, zela pelo funcionamento do Templo.

Ovelha Fiofó: È igual o olho do cú, não vê nada.
Ancião.

Ovelha Curral: Em qq visita de pastoreio, lá tá ele...

Ovelha Camisinha: Ele sempre diz estar interessado em proteger o rebanho contra as PORRAs dos mundanos...

Ovelha Sagatiba: todo mundo sabe que é chegado a uma caninha, mas todos perguntam o que é sagatiba?

Ovelha Desiludida: Vive dizendo que 'tudo' é sinal de fim do mudo,,, mas na verdade ele não engana nem a si mesmo

Ovelha ET: é um espécime raro e em extinção, vive alienado de tudo não sabe do passado do Clero, não sabe das contradições bíblicas, quase não vê tv, só tem acesso a internet quando precisa fazer a declaração do imposto de renda, não se casa porque família e filhos iriam atrapalhar sua "carreira teocrática", com certeza, um apóstolo Paulo na vida, tem sempre em mente o paraíso, praticamente já está lá só falta o Armagedom chegar.

Ovelha Ninja: Convoca todos a lutarem pela fé, defender o Clan.

Ovelha Invisível: Nunca ninguém viu ele no campo, nem se sabe como ele faz horas.

Ovelha He-Man: Quando está no meio de todos, é aquele ser humilde, acanhado, mas quando
sobe na tribuna é um verdadeiro super-herói da Congregação.

Ovelha Ferradura: Não mexa com ele senão leva um coice daqueles.

Ovelha Pau-Mandado: Ele é o varão, mas quem manda em casa é a mulher, vulgarmente chamada pelos fofoqueiros do salão como "anciã".

Ovelha Marido Traído: Os filhos deles aprontam e eles são sempre os últimos a saber.

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rsrsrsrsrss....

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Oração franciscana

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz...
(guerra é paz, dizia Orwell)


SENHOR, FAZEI-ME INSTRUMENTO DE VOSSA PAZ
(pax romana).
ONDE HOUVER ÓDIO, QUE EU LEVE O AMOR;
(O amor cristão é imenso.... a Inquisição que o diga...)
ONDE HOUVER OFENSA, QUE EU LEVE O PERDÃO;
(Os cristãos sempre souberam perdoar... as Cruzadas que o digam)
ONDE HOUVER DISCÓRDIA, QUE EU LEVE A UNIÃO;
(união à força... ai daquele que se desunir da bondosa família cristã)
ONDE HOUVER DÚVIDA, QUE EU LEVE A FÉ;
(a fé responde todas as dúvidas, ela contribuiu muito pro avanço da humanidade)
ONDE HOUVER ERRO, QUE EU LEVE A VERDADE;
(a suprema verdade cristã. Ai daquele que duvidar!!)
ONDE HOUVER DESESPERO, QUE EU LEVE A ESPERANÇA;
(a África é 1 belo exemplo de lugar próspero graças a esperança cristã)
ONDE HOUVER TRISTEZA, QUE EU LEVE A ALEGRIA;
(todos os cristãos são alegres, com bom nível de vida etc.)
ONDE HOUVER TREVAS, QUE EU LEVE A LUZ.
(a luz da fogueira pros "hereges")
Ó MESTRE, FAZEI QUE EU PROCURE MAIS CONSOLAR, QUE SER CONSOLADO;
("consolar" os iludidos pela fé)
COMPREENDER, QUE SER COMPREENDIDO;
(compreender melhor os truques pra manipular o povo)
AMAR, QUE SER AMADO.
(amar o dinheiro e poder)
POIS, É DANDO QUE SE RECEBE,
(os GLS e as "virgens marias" da vida entendem disto....)
É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO,
(perdoar os "blasfemos" e "hereges" ??)
E É MORRENDO QUE SE VIVE PARA A VIDA ETERNA.
(Lá na Transilvânia...)

São Francisco de Assis
(santo padroeiro da Ustasha)



Postagem tirada do blog In Go(l)d We Trust

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Animais eram julgados e até executados na Idade Média


Porcos eram os bichos que mais recebiam acusações.
Julgamento muitas vezes acabava com a pena máxima: forca.


Em 1386, um julgamento na cidade francesa de Falaise condenou o réu à pena máxima, enforcamento em praça pública, por cometer infanticídio – assassinato de criança. No dia da execução, o povo se aglomerou para ver o espetáculo. Pela importância da solenidade, o carrasco recebeu um par de luvas brancas. No centro do show estava a ré: uma porca. Sim, isso mesmo. A porca havia sido julgada e condenada à forca. Na Europa feudal, o julgamento de animais era comum, já que se acreditava que, se eles eram responsáveis por crimes, deveriam responder por eles.

O júri era igual ao aplicado aos humanos – e até a advogados os animais tinham direito. A interpretação da criminalidade animal provavelmente vinha das crenças judaico-cristãs. Em uma passagem bíblica, a morte por apedrejamento é citada: “E se algum boi escornear homem ou mulher, que morra, o boi será apedrejado certamente, e a sua carne se não comerá; mas o dono do boi será absolvido.” (Êxodo, capítulo 21, versículo 28).

Segundo a professora de literatura inglesa da Universidade da California e autora do recém-lançado "For the Love of Animals: The Rise of the Animal Protection Movement" ("Pelo amor dos animais: o surgimento do movimento de proteção animal", em tradução literal), Kathryn Shevelow, em entrevista ao G1 por e-mail, a tradição de julgamentos era especialmente comum na França. "Os crimes eram geralmente homicídio ou crimes sexuais, como de humanos que fazem sexo com animais. Nessa época, os homens consideravam os animais moralmente responsáveis por seus atos."

No livro “The criminal prosecution and capital punishment of animals”, inédito em português, o americano Edward Payson Evans examina detalhes de 191 casos do tipo. Segundo ele, os julgamentos ocorreram principalmente entre os séculos XV e XVII, sendo que o primeiro registro encontrado pelo autor data de 824, quando toupeiras foram excomungadas no Vale de Aosta, noroeste da Itália. O último caso, segundo o livro, foi em 1906, quando um cachorro foi julgado em Délémont, na Suíça.

Em alguns casos, os animais obtinham clemência. O júri podia ser tanto eclesiástico como secular, e o crime mais comum era homicídio - mas também foram registrados roubos. Além dos porcos, entre os bichos citados há abelhas, touros, cavalos, ratos, lobos, gatos e cobras.

Porcos

Entre os animais acusados, os porcos estavam entre os que mais frequentavam o banco dos réus. Segundo escreveu Piers Beirne, professor de criminologia da Universidade de Southern Maine (EUA), em um artigo sobre o assunto, o motivo de os porcos serem comunmente acusados é que eles viviam livremente com os homens, e seu peso e tamanho faziam com que causassem problemas.

O filme “Entre a Luz e as Trevas”, de 1993, mostra um advogado que viajou ao interior da França e acabou defendendo um porco em um julgamento.


fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL752559-5602,00-ANIMAIS+ERAM+JULGADOS+E+ATE+EXECUTADOS+NA+IDADE+MEDIA.html

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sem comentários

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

NÃO EXISTE LIVRE-ARBÍTRIO!

O que antes era uma especulação filosófica, agora possui comprovação científica.

Uma experiencia feita no centro Bernstein de neurociência computacional, em Berlim, colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria.

As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüencia aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante.

Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões no seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes.

Isso porque a consciência é apenas uma “parte” do cérebro – e como a experiência provou, outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. Agora os cientistas querem aumentar a complexidade do teste, para saber se, em situações mais complexas, o cérebro também manda nas pessoas. “Não se sabe em que grau isso se mantem para todos os tipos de escolha e de ação”, diz Haynes. “Ainda temos muito mais pesquisas para fazer”.

(Super-Interessante, Set/2008 p.40-41)
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Estou louco pra saber qual a desculpa que os believers darão para adaptar essa nova descoberta científica à noção de que deus deu livre-arbítrio ao homem.

Ai vem outro fator importante, genética!! livre arbítrio ? como pode ser se nossos genes definem tudo em nossa vida? até mesmo definem o tipo de pessoa com a qual nos daremos bem e também se alguem tem mais chances de se divorciar....diante disso, como podemos afirmar que existe alguma escolha? nossos genes praticamente escolhem quase tudo por nós, então como podemos tomar alguma decisão que não nascemos pra tomar?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vaticano aceita evolução, mas não se desculpa com Darwin

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano disse nesta terça-feira que a teoria da evolução é compatível com a Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin pela fria recepção dada a ele há 150 anos.

O arcebispo Gianfranco Ravasi, o ministro da Cultura do Vaticano, deu a declaração durante o anúncio de uma conferência de cientistas, teólogos e filósofos que acontecerá em Roma em março de 2009, marcando os 150 anos da publicação da obra "A Origem das Espécies" de Darwin.

Igrejas cristãs são há muito tempo hostis a Darwin, pois sua teoria conflitava com a acepção bíblica da criação.

Mais cedo nesta semana, um importante membro da Igreja anglicana, Malcom Brown, disse que a instituição devia desculpas a Darwin pela maneira na qual suas idéias foram recebidas na Inglaterra.

O papa Pio 12 descreveu a evolução como uma abordagem válida do desenvolvimento humano em 1950 e o papa João Paulo segundo reiterou o fato em 1996. Mas Ravasi disse que o Vaticano não tinha a intenção de se desculpar por sua visão negativa anterior.

"Talvez devêssemos abandonar a idéia de emitir pedidos de desculpas como se a história fosse um tribunal que está eternamente em sessão", disse, acrescentando que as teorias de Darwin "nunca foram condenadas pela Igreja Católica e nem seu livro havia sido banido".

O criacionismo é a crença de que Deus teria criado o mundo em seis dias, como é descrito na Bíblia. A Igreja Católica interpreta a acepção do Genesis literalmente, dizendo que ela é uma alegoria para a maneira na qual Deus criou o mundo.

Alguns outros cristãos, na maioria protestantes nos Estados Unidos, lêem o Genesis literalmente e protestam contra o fato de a evolução ser ensinada em aulas de biologia em colégios públicos.

Sarah Palin, a candidata à Vice-presidência pelo Partido Republicano, disse em 2006 que apoiava que o criacionismo e a teoria da evolução fossem ensinados nas escolas, mas afirmou subsequentemente que o criacionismo não deveria necessariamente ser parte do curso.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/09/16/vaticano_aceita_evolucao_mas_nao_se_desculpa_com_darwin-548243297.asp

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haha, o incrível é que o livro que deveria ser a verdade absoluta, vai mudando de tempos em tempos, antes falavam que deu criou um homem e outra mulher, hoje, algumas igrejas falam que adão e eva eram 2 grupos, tem até igreja que fala que o inferno é caixão ou a descrição do sentimento da pessoa que nega a deus.

acordem para a vida¬¬


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ateísmo Positivo

Uma religião afirma coisas. O ateísmo, em geral, nega coisas. Poderíamos dizer que religiões são positivas e o ateísmo é negativo. Ele não se define por valores próprios mas pela negação dos valores das religiões. Para que o ateísmo se torne positivo (ou afirmativo) é preciso mostrar que há vantagens em não se ter um deus e uma crença religiosa. De modo geral, a escolha certa é aquela que nos faz feliz ou, pelo menos, nos ajuda a enfrentar a vida. Uma religião pode não ter nenhuma base lógica mas adotá-la se justifica se seus efeitos em nossa vida são positivos. Religiões nos trazem esperança, nos convencem de que há justiça no universo. Seremos um dia recompensados pelo bem que fizermos e o mal será punido. A morte não é mais o fim, apenas a passagem para uma vida melhor.

Por outro lado, religiões nos trazem o medo da punição, a culpa por termos feito ou deixado de fazer alguma coisa que, na verdade, não prejudica nem beneficia ninguém. Elas nos levam a nos humilharmos e nos autodesvalorizarmos diante de Deus. Exigem que paguemos por supostos pecados com penitências que em nada enriquecem a comunidade ou o próprio indivíduo. Geram intolerância e rejeição dos que têm outra fé, condenam as atitudes nos outros só porque contrariam o que está no “livro sagrado” etc. Até que ponto é preciso se ater ao que está escrito sem se tornar um fundamentalista? A doutrina é confusa e há muitos modos de interpretá-la. É louvável e meritório ser virtuoso apenas por medo do inferno? Qual religião é a verdadeira, entre tantas? A fé nos leva a agir sem pensar, a seguir dogmas sem discutir sua validade. Precisamos da razão e da dúvida constante para limitar nossos erros, para questionarmos constantemente nossas decisões.

Ateus não seguem dogmas. Procuram pensar com a própria cabeça e fazer o que lhes parece certo, porque é certo e não porque “está escrito”, nem porque esperam uma recompensa em outra vida ou têm medo do inferno. Embora tenham defeitos como todo ser humano, estão livres para ser mais tolerantes em relação ao que os outros pensam, porque acham que opinião própria é o direito de cada um. Eles não têm uma religião que lhes diga, a priori e sem justificativas, o que aceitar ou não. Não têm nenhum motivo, além de possíveis razões pessoais, para discriminar mulheres ou homossexuais. Podem se dedicar mais a melhorar este mundo, o único que eles conhecem, em lugar de apenas esperar pela hora de ir para o céu, sem o conformismo de aceitar que “as coisas são assim mesmo” ou “é a vontade de Deus”. Não desperdiçam a vida em orações improdutivas fechados em um convento. Um ateu não se vê como um joguete na luta entre Deus e o Diabo pela sua alma; ele é o único responsável pelos seus atos. Ele tem toda a culpa pelos seus erros e todo o mérito pelos seus acertos.

Religiões oferecem respostas a todas as dúvidas e regras de conduta para qualquer ocasião. Ateus têm que pensar com a própria cabeça e tirar suas próprias conclusões, o que os ajuda a refletir melhor e mais profundamente antes de decidir. Respostas simplistas levam a mentes simplistas mas, é claro, muitos preferem a segurança de um dogma incerteza de uma busca por respostas. É por isto que não se deve tentar ”desconverter” as pessoas. Quando e se elas estiverem prontas, irão procurar respostas fora de sua religião.

Pessoas religiosas que preferem ignorar os mandamentos de seus “livros sagrados” que lhes parecem excessivos ou cruéis estão agindo como ateus, pensando com sua própria cabeça e seguindo sua razão, embora muitas vezes nem se dêem conta disto.

Ateus devem se policiar, entretanto, para não repetir os erros das religiões. Devem respeitar as escolhas dos crentes, por mais obtusas que lhes pareçam. Quando instados a defender sua posição, destacar os aspectos positivos do ateísmo, como a liberdade de escolha e a racionalidade, evitando atacar os aspectos negativos desta ou daquela religião ou duvidar da inteligência do interlocutor.

Sim, é possível ser um ateu militante. Pode até ser necessário, como forma de defender sua liberdade de expressão num mundo ameaçado pelo fundamentalismo. Mas é preciso levar em conta que uma postura agressiva só reforçará os estereótipos do “ateu revoltado e perverso”, do “ateu sem moral e sem limites”. Contra a fé, a razão nem sempre faz efeito. Comecemos confundindo os crentes, sendo o oposto daquilo que eles esperam de nós. Sejamos honestos, prestativos e respeitadores das leis.

Aos poucos, e com cuidado para evitar a rejeição, procuremos despertar nos religiosos a consciência de que a “verdade” deles não é a única. Que é possível ser feliz e decente sem um deus. Que a crença em deuses não fez da humanidade um lugar melhor, talvez muito pelo contrário.

Não é possível desconverter uma pessoa de fora para dentro, mas podemos torná-la mais tolerante. Fazê-la entender que há outros modos de pensar igualmente aceitáveis. Que a crença delas não é uma escolha óbvia e que ninguém se torna um pervertido, condenado ao inferno, por não adotá-la. Fazê-la entender que não é possível “rejeitar” um deus em que não se acredita.

Autor: Fernando Silva
inspirado em Paul O’Brien: Gentle Godlessness

fonte:
http://ateusdobrasil.com.br/artigos/ateismo/ateismo_positivo.php

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos, dizem especialistas

Personalidade e atributos de Javé são compartilhados com outras divindades do Oriente.
Pai celestial El, jovem guerreiro Baal e até 'senhora' Asherah teriam sido influências.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, lêem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou escavam sítios arqueólogicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé traçado pela Bíblia.



A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.


Foto: Reprodução

O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.

Memórias de Ugarit

Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA).

Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.

Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna.

Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.

Israel ou “Israías”?

Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).

“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C.

E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico.

Senhor do deserto

A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”.

“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado 'Yhwh dos Shasu', o que, para alguns especialistas, parece ser 'Javé dos Shasu'. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português).

“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith.

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Baal, retratado como guerreiro (provavelmente a estatueta tinha uma lança na mão), lembra Javé por causa de sua luta contra monstros marinhos (Foto: Reprodução )
Guerreiro divino

Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El.

Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos.

Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses.

Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura.

O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas).

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Inscrição feita por ordem de Mesa, rei de Moab (país vizinho do antigo Israel): texto fala de genocídio por ordem divina, tal como se vê nos textos bíblicos (Foto: Reprodução )

Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região.

Lado feminino
Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananéia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo.

Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar.

fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL652419-9982,00-DEUS+BIBLICO+PODE+SER+FUSAO+DE+VARIOS+DEUSES+PAGAOS+DIZEM+ESPECIALISTAS.html

JESUS É UM MITO!

É interessante notar que os debates em torno de Jesus sempre tratam de sua divindade ou de sua humanidade, como se fosse certo que existiu um homem chamado Jesus que fundou o Cristianismo. No entanto a verdade é que até hoje ninguém jamais encontrou uma prova sequer da existência de tal pessoa. Isso quem diz não são cientistas incrédulos, mas os próprios estudiosos cristãos afirmam isso. Dizem que a única “prova” da existência de Jesus são os Evangelhos, mas ignoram – ou fingem que não sabem – quem nenhum dos Evangelhos canônicos foi escrito por testemunhas oculares dos fatos, ou seja, tais relatos não têm nenhum valor histórico.

Diante da falta de evidências, muitos cristãos, em sua ingenuidade, alegam que a ciência também nunca provou que Jesus não existiu. Não sabem que quem afirma é que tem o dever de provar, e não quem nega. Na ausência de provas, o mais sensato e racional é aceitar que tal coisa nunca existiu. Digamos, por exemplo, que alguém me acusa de ter roubado algo dela. Eu não preciso provar que não roubei, ela é quem tem que provar que sim, porque é ela quem está afirmando, e quem afirma que tem que provar. Mas se, no entanto ela alegar que está faltando a coisa em questão, aí sim eu deverei rebater, mesmo que esse argumento seja muito fraco. Eu poderia dizer que só porque ela não encontrou algo, não quer dizer que alguém o roubou, ela pode simplesmente tê-lo perdido. Mas se mesmo assim ela insistir e disser que me viu roubar seu objeto – que parece ser um argumento bem mais satisfatório – eu poderei dizer simplesmente que somente o testemunho da vítima não é válido, que seria preciso mais pessoas. Pronto. Eu não precisei provar que sou inocente, mas simplesmente refutar as “provas” de quem me acusa. Outro exemplo é o do filme Matrix. Se estivéssemos todos dentro de uma Matrix, não poderíamos saber que estamos. Ninguém poderia provar que não estamos, mas também ninguém poderia provar que sim. Desta forma, quem tem que provar é quem afirma que estamos. Na ausência de provas, ou com provas inconsistentes, a razão escolhe que não estamos numa Matrix. Assim sendo, a ciência não precisa provar que Jesus não existiu, mas somente refutar o que lhes apresentam como prova. Na ausência de prova, opta-se pela passividade.

Muitas pseudo-provas da existência de Jesus foram apresentadas ao longo da História. A mais famosa delas é o Santo Sudário, que alegavam ter pertencido ao próprio Jesus. No entanto, exames com carbono 14 mostraram ser falso o Sudário – e se Jesus tivesse mesmo existido, pra que precisariam falsificar uma prova? Outras menos conhecidas são textos de historiadores que viveram numa época próxima á de Jesus. Somente dois historiadores de uma época próxima à de Jesus teriam registrado algo sobre ele, Flávio Josefo e Tácito. Josefo o cita em dois parágrafos e também Tácito. No entanto exames modernos provaram serem falsos os parágrafos em que estes historiadores, mas isso já desconfiavam há séculos. Os padres da igreja simplesmente escreveram o que bem quiseram entre os parágrafos do livro dos respectivos autores. Eles precisavam de provas históricas para vencer seus adversários, então forjaram uma – se Jesus tivesse mesmo existido, pra que precisariam forjar uma prova? No livro de Josefo, o que está escrito é um depoimento de quem tinha uma profunda fé na divindade de Jesus. Se Josefo acreditasse mesmo que Jesus era o filho de Deus, porque teria escrito somente dois parágrafos? Além do mais, há muito tempo já se conhecia cópias dos livros que não tinham nenhuma referência a Jesus. Tácito escreveu por volta de 120 d.C. e no seu texto fala sobre a condenação de Jesus por Pôncio Pilatos. Mas nessa época muitos acreditavam que esse fato era real, o que leva a crer que Tácito simplesmente repetiu o que ouvia dos outros – outra prova é que no trecho em questão, Tácito chama Pilatos de “procurador”, como na época era conhecido ser o cargo de Pilatos. Mas Pilatos não era procurador, era “governador” ou “prefeito”. Isso mostra que o trecho em questão ou não era de Tácito, e sim de um leigo que não sabia a diferença entre procurador e prefeito, ou que o próprio Tácito estava apenas preocupado em registrar o pensamento de sua época.

Se Jesus foi mesmo tão importante como dizem, por que nenhum historiador registrou nada sobre ele? Se ele não foi tão importante, a ponto de não merecer nenhuma menção nos anais da História, por que deveríamos acreditar ser ele o filho de Deus onipotente? Hoje em dia ainda existem registros do governo de Pilatos, seus planos, seus relatórios, suas obras e seus julgamentos. Está tudo lá. Mas em nenhum existe referência a um judeu que fazia milagres ou que se chamasse Jesus, que foi crucificado, ou que tenha ganhado o respeito de Pilatos. Existem documentos ricamente detalhados sobre Pilatos e nada sobre Jesus, nem sobre seus discípulos, nem sobre seus milagres. Outro fato interessante é que na Bíblia diz que Herodes mandou assassinar crianças com menos de dois anos. No entanto nenhum historiador da época registrou tal acontecimento, isso nunca existiu. O ocultista francês Eliphas Levi, nos dá uma interpretação alegórica sobre este fato. Diz ele que o texto não fala de crianças em si, mas dos iniciados em Cabala Judaica, que tem seus anos contados depois que adentram no aprendizado de ciências ocultas. Assim sendo, não foram crianças que foram assassinadas, mas sim “iniciados” com menos de dois anos. Nem foi Herodes quem mandou a chacina, e sim Janée, que era algo como um grande sábio Cabalista que teve seu posto ameaçado pelo talento de Jesus. Levi tira este relato do Talmude dos judeus, que temos muitos motivos para desconfiar de sua veracidade. A parte do Talmude que fala sobre Jesus foi escrita muito depois da suposta morte de deste, o que nos leva a desconfiar que eles apenas pegaram a os Evangelhos e fizeram uma adaptação. Embora defenda a existência real de Jesus, Levi também afirma seu caráter mitológico.

Outra explicação para a lenda do infanticídio – mais coerente que a balela de Levi – é que os evangelistas tentaram traçar um paralelo com a história de Moisés, onde houve também um infanticídio, e Moisés também fugiu para o Egito. Dizem não ter sido por maldade que fizeram tal comparação, e eu acredito que não tenha sido mesmo. Dizem que era comum para os judeus daquela época traçar uma história parecida com as dos grandes heróis hebreus, mas eu creio que é por falta de imaginação mesmo...

Só resta agora os Evangelhos como “prova”. Mas estes podem ser descartados. O mais antigo dos Evangelhos é o de Marcos, escrito por volta do ano 70 d.C. Seguido de Mateus, Lucas e João – embora a ordem que encontramos na Bíblia não seja esta. Não só por conta da época tardia em que foram escritos, mas também por cometerem gafes horríveis é que estes documentos podem ser descartados como falsos. O mais antigo destes é o de João, escrito por volta do ano 100 d.C. – uns dizem 120. Se foi mesmo João quem escreveu tal evangelho, ele deveria ter mais de 100 anos quando o escreveu, perguntar-se-ia então: porque demorou tanto para escreve-lo? Os Evangelhos foram escritos em grego, não em aramaico, que era a língua falada em Israel naquela época. Alguns teólogos dizem que era assim para atingir maior número de pessoas, mas a verdade é que as pessoas que escreveram os Evangelhos não sabiam falar aramaico nem hebraico!!! Como assim? Os próprios discípulos de Jesus não sabiam falar hebraico nem aramaico? Os que escreveram os Evangelhos não... Existem várias provas de que quem escreveu os Evangelhos eram estrangeiros e pouco sabiam sobre a cultura judaica. Marcos, por exemplo, diz que depois de cruzar o mar da Galiléia, Jesus encontrou um homem possesso por vários demônios em Gerasa. Então Jesus ordenou que os demônios entrassem nos 2.000 porcos que passavam por ali e estes se precipitaram no mar e se afogaram – sem contar que isso daria um prejuízo enorme para o proprietário dos animais. O que o evangelista não sabia era que Gerasa fica a 50 km do mar da Galiléia!!! Ou seja, os pobres porcos tiveram que caminhar mais que uma maratona para achar um lugar pra se precipitarem? Mateus, vendo a gafe, mudou o nome do lugar para Gedara, que fica a 8 km – um pouco mais perto – mas em outro país. Mais tarde os copistas mudaram o nome para Gerdesa, que fez parte da costa do mar da Galiléia (ALFREDO BERNARCHI).

Este é apenas um dos vários erros gritantes que a Bíblia contém. Se contar que os monges copistas alteravam os textos para seus próprios fins. Antes do Concílio de Nicéia, no século IV, os textos hoje canônicos não eram considerados sagrados, portanto não era pecado adulterá-los. Naquela época circulavam vários Evangelhos, que hoje são chamados de apócrifos. Todos tinham igual relevância, e cada “corrente” cristã tinha seus evangelhos preferidos. O então imperador, Constantino Magno, com fins mais políticos que espirituais, convocou então o Concílio de Nicéia, para unificar as várias “correntes” cristãs numa única religião universal, a Católica. Foram chamados então os padres e os principais representantes de cada igreja para que fossem ESCOLHIDOS os textos que fariam parte do livro sagrado. Não se sabe qual critério foi utilizado para tal escolha, mas aqui os protestantes ficam contra a parede: a Igreja Católica, que eles tanto abominam, escolheram os textos que eles chamam de sagrado e nem sequer sabem por que uns foram escolhido e não os outros. Em vão é que se alega a vontade do Espírito Santo, pois como pode o Espírito de Deus servir a um bando de pecadores, interesseiros, dominadores...

Além de não haver nenhuma prova do Jesus histórico existem inúmeros motivos para crer que ele não passava de um mito. Não entenda aqui a palavra “mito” como sinônimo de “mentira”, mas como uma explicação alegórica e simbólica de algum fenômeno da natureza. Quem sabe os criadores do mito de Jesus sequer quisessem que alguém acreditasse na sua existência de fato. Talvez fosse apenas uma forma poética de tratar de um fenômeno muito comum, como o são todos os mitos. Convém dizer também que o Cristo, mesmo sendo um mito, não foi criado pelos cristãos, mas pelos essênios. Cerca de 100 anos antes de Cristo os essênios já praticavam muitos rituais do cristianismo como a eucaristia e já falavam em um salvador que chamavam de CRESTUS. Como pode? Antes mesmo de Jesus nascer os essênios já praticavam inúmeros rituais do cristianismo? Isso deu margem à errônea interpretação de que Jesus era um essênio e que aprendeu muitos rituais e liturgias deste povo. Os essênios valorizavam a humildade e a vida acética, a caridade e falavam por parábolas – coisa que os budistas também já faziam antes mesmo dos essênios. Praticavam a cerimônia do pão e do vinho como se fossem o sangue e o corpo de CrEstus. Isso tudo muito antes do suposto Jesus Cristo ter nascidos. Os romanos simplesmente assimilaram esta crença, assim como tinham feito com a religião grega e depois com o mitraismo, modificando-a para seus próprios interesses. Crestus era um mito para os essênios. Talvez eles mesmos não acreditassem na sua existência de fato. Os romanos tomaram esse mito e depois lhe deram vida própria. Destruíram tudo e todos que pudessem se contrapor a esta “verdade”. No ano 70 da era cristã os romanos invadiram Jerusalém e destruíram todos os documentos dos essênios para que não fossem comparados o Cristo da igreja romana com o Crestus dos essênios e não questionassem o dogma de Jesus. Desde a sua fundação que a Igreja Católica persegue e mata quem se opõe a ela e perseguiu sobretudo os judeus porque estes sabia da verdade, sabiam que Jesus nunca tinha existido e por isso não se converteram. Mas apesar de toda a violência da Igreja e toda forma de tentar evitar que descobrissem o que há de mitológico – e diria até plágio – em Jesus, ainda existem formas de provar que tudo não passou de uma farsa.

Jesus é um personagem baseado no Crestus dos essênios, que por sua vez não passa de um mito solar, síntese de vários outros mitos de vários outros povos. Jesus é apenas uma alegoria para o sol. Vejamos por que: Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro – embora em nenhum lugar da Bíblia esteja escrito, isso é defendido pela Igreja Católica – de uma virgem; três reis vieram celebrar seu nascimento; teve doze discípulos; era chamado de “a luz do mundo”; faziam milagres; morreu numa cruz e ressuscitou três dias depois. Isto é apenas uma alegoria para o solstício de inverno. Essa é uma época em que a terra se inclina, apontando o hemisfério sul em direção ao sol. Num modelo geocêntrico parece que o sol está caminhando para o sul. No dia 22 de Dezembro ele pára de rumar e fica neste ponto por três dias, o que seria a morte simbólica do sol. Neste ponto, acima dele fica a constelação de cruzeiro do sul, por isso diziam que o sol morreu na cruz. No dia 25 de Dezembro ele volta a rumar para o norte, por isso diz-se que ele nasce no dia 25 de Dezembro. Em muitos calendários antigos o ano começa no mês de virgem, por isso dizem que o sol nasce da virgem. Seus doze discípulos nada mais são que as doze casas do zodíaco por onde o sol passa durante sua trajetória anual. No dia 25 o sol se alinha também com a estrela Sírius, que é a estrela mais brilhante nessa data, e por sua vez se alinha com as Três Marias, que seriam os reis que celebram o nascimento do sol. Obviamente por se tratar do sol é que Jesus era chamado de “a luz do mundo” e seus milagres nada mais são que o milagre da vida.

A igreja tentou muitas vezes ocultar e repreender esta interpretação, mas ela mesma não conseguiu se desvincular de muitos traços mitológicos do culto ao sol. Para os judeus o dia santo era o Sábado, já para os cristãos era o Domingo. Eles mudaram o dia sagrado por conta do culto ao sol. Para os povos pagãos, o Domingo era o dia do deus sol e é por isso que ainda hoje em inglês se chama “Sunday”, ou seja, “dia do sol”. Também desde as primeiras pinturas cristãs, Jesus é mostrado com uma auréola na cabeça, que não é nada mais nada menos que um halo, luz que emana dos astros, ou seja, do sol. Também sua coroa de espinhos nada mais é que uma metáfora. Os espinhos são os raios do sol que emanam da coroa do astro-rei. Em algumas gravuras antigas também dá pra notar que a auréola de Jesus emana raios, ou seja, uma clara referencia ao culto do sol. Nos primórdios do cristianismo, os mortos eram enterrados com a cabeça votada para o leste, onde o sol nasce. Este era um costume dos egípcios, ligado ao deus RA, outra divindade solar. Também o mito de Jesus não tem nada de original. As semelhanças que ele tem com outros mitos como Mitra, Krishna e Horus são impressionantes. Vejamos o que há de semelhante...

Mitra era uma espécie de messias dos persas de cerca de 600 anos antes de Cristo. Filho do deus Aura-Mazda, viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman.
“Mitra nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Era considerado um professor e um grande mestre viajante.
Era chamado “o Bom Pastor”.
Era considerado “o Redentor, o Salvador, o Messias”
Era identificado com o leão e o cordeiro.
Seu dia sagrado era domingo (“Sunday”), “Dia do Senhor”, centenas de anos antes de Cristo.
Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã.
Teve doze companheiros ou discípulos.
Executava milagres.
Foi enterrado em um túmulo.
Após três dias levantou-se outra vez.
Sua ressurreição era comemorada cada ano” (ALFREDO BERNACCHI)

Krishna é um mito ainda mais antigo, cerca de 2000 anos anterior a Cristo. Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus... sugestivo, não? Vejamos:

“Krishna nasceu da Virgem Devaki (“Divina”)
É chamado o “Pastor-Deus”.
É a segunda pessoa da trindade.
Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes.
Trabalhava milagres e maravilhas.
Em algumas tradições morreu em uma árvore.
Subiu aos céus” (LFREDO BERNACCHI).
Notem também o semelhança dos nomes “Krishna” e “Cristo”. Sendo que Krishna é muito anterior a Cristo, o que se supõe?

Há também muitas semelhanças com Buda. Ele nasceu de uma virgem, era considerado “o bom pastor”, aboliu a idolatria, pregava a paz e a humildade, falava por parábolas, foi tentado pelo demônio e fez um “sermão da montanha” – sim... até o nome é o mesmo.

Mas na minha opinião o mais instigante de todos são as semelhanças que o mito de Jesus tem com o de Hórus do egípcios. A lenda de Hórus tem milhares de anos a mais que a de Jesus e as semelhanças são impressionantes.
“Hórus nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Teve 12 discípulos.
Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado.
Era também a “Maneira, a Verdade, a LUZ, O Messias, Filho Ungido de Deus, o Pastor Bom. Etc.
Executava milagres e ressuscitou um homem, El-Azar-Ur, dentre os mortos. [que lembra até o nome de Lázaro]
O epíteto pessoal de Hórus era “Iusa”, “o Filho sempre tornando-se” de “Ptah”, o “Pai”.
Hórus era chamado “o KRST”, ou “Ungido” [que lembra Kristo] por muito tempo antes que os cristãos duplicaram a história.” (ALFREDO BERNACCHI)

As semelhanças não param por ai. Em alguns lugares que pesquisei diz que Hórus morreu numa cruz também, que sua figura tinha cabelos longos e barba, que desceu ao inferno para enfrentar seu inimigo Set e que foi traído por um de seus discípulos, Tifão. Hórus ressuscitou El-Azar-Ur (se tirar o “E” fica “Lazarur”) que em egípcio era o nome de uma constelação, a da múmia. Quando o sol passava pro ela, esta constelação se iluminava, por isso diziam que a múmia ressuscitava. Quando ao discípulo traidor, é uma mera questão astrológica. Como os signos do zodíaco são os discípulos, há sempre o traidor, que é justamente o signo de escorpião, representado por Judas na historia de Jesus.

Há muito tempo atrás eu já tinha lido muita coisas destas como a história Buda e Krishna. Tinha visto muitas semelhanças com a história de Jesus, fiquei impressionado, mas minha mente moldada aos dogmas cristãos não permitiam que eu pensasse que eram mais que coincidências. Por muito tempo foi assim, mesmo depois que deixei de ser cristão não negava a existência do Jesus histórico. Mas depois voltado aos mesmos velhos mitos e aprofundando-me mais no que eu havia lido vi que não poderiam ser meras coincidências. Juntando ao fato de que nunca encontraram prova alguma da existência de Jesus e a repressão histórica que a Igreja impôs aos seus adversários, pra mim fica claro que nunca existiu um homem Jesus, que tivesse criado o cristianismo. Notem que Paulo de Tarso que era da época de Jesus, embora não tivesse o visto, poderia ter seu testemunho validado. Mas ele quase não fala do Jesus humano. Parece mais com o Crestus dos essênios, um ser desprovido de existência real. Pra mi fica claro que o cristianismo foi criado pelos romanos e séculos de repressão fez com que ele vivesse até os nossos tempos.

REFERÊNCIAS:

A Ciência dos Espíritos; Eliphas Levi.
Deus e os Homens; Voltaire.
Sinto Muito Mas Jesus Cristo Não Existiu; Alfredo Bernacchi.
O Catolicismo É Um Plágio?; Max Sussol.
Revista Galileu, Fevereiro de 2008, nº. 199. É Tudo Verdade?; Cláudio Julio Tognolli.

fonte:
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1067416

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Como você sabe que Deus não existe?

por Frank R. Zindler

Crente: Como você sabe que Deus não existe? Que tipo de prova você tem?

Ateísta: Como você sabe que não existe Coelho da Páscoa? Como você sabe que não existe Papai Noel? Você achou provas contra a existência de Thor e Osiris?

Crente: Você está brincando?! Estes são só mitos produzidos pelos homens. Eu estou falando sobre Deus!

Ateísta: Bem, o ônus da prova é seu para provar que uma deidade existe. Eu não tenho que provar uma negativa universal. O ônus da prova recai sempre naquela pessoa que alega a existência de alguma coisa.

Crente: Não vou cair nessa. Você tem que provar que meu Deus não existe.

Ateísta: Seu Deus? Singular? Como você sabe que não há vários Deuses? Você provou a não-existência de Deusas?

Crente: Não seja bobo! Eu estou falando da existência de Deus, o criador do universo.

Ateísta: Ah! Agora estamos chegando ao ponto! Você está falando sobre mim!

Crente: Desde quando você é Deus?

Ateísta: Há um pouco mais que uma quantidade de tempo infinita. E Claro, eu criei você três minutos atrás.

Crente: Isso é loucura! Eu tenho 57 anos de idade!

Ateísta: É claro que você tem: eu criei essas memórias em você, e também alterei a memória de todas as pessoas, para fazer parecer que você estava por aí antes de três minutos atrás..

Crente: Eu suponho que você tenha criado minha certidão de nascimento também! Que evidência você tem para sustentar tamanho absurdo?

Ateísta: Ah! Então você está começando a entender que o ônus da prova é de quem alega a existência de um Deus. Você não acha que deveria tentar “desprovar” a alegação de que eu sou Deus?

Crente: Bom, talvez Se você é Deus, porque não realiza um milagre?

teísta: Boa pergunta. Infelizmente, eu não faço milagres mais. Eu poderia se quisesse, mas eu decido que de agora em diante, as pessoas tem de acreditar em mim através da fé. Sendo um Deus, eu acabei de ler a sua mente e eu vejo que você está pensando que pode ser capaz de me torturar e me forças e confessar que não sou Deus. Bom, execute esta idéia! Eu posso muito bem decidir fingir estar com dor e “confessar” todo tipo de bobagens. Mas acredite em mim, eu puniria você pela eternidade depois que você morrer!

Crente: Ei! Isto não é argumentação válida. Não haverá nada que eu possa fazer para sua alegação de divindade. Você sempre poderá se desviar dela alegando que só vai me mostrar a verdade depois que eu morrer!

Ateísta: Bem verdade! Você está aprendendo o quão difícil é provar uma negativa universal. Mas você está aprendendo uma lição ainda mais importante.

Crente: E qual é?

Ateísta: Você está aprendendo que é burrice argumentar sobre proposições que não podem ser testadas nem mesmo na imaginação. Para cada teste que você puder imaginar fazer, eu poderia vir com uma maneira de me desviar de seu argumento – da mesma maneira que todos os pregadores me falam que seu Deus não quer se envolver em meus testes. Minha alegação de ser uma divindade não pode ser testada. Sua alegação da divindade de Jeová, ou Jesus não pode ser testada também. Se eu pedir a seu Deus para me acertar com um raio na cabeça se eu estiver errado, posso garantir que nada vai acontecer. Seu Deus não se interferirá mais da mesma maneira que eu não interferiria. Hipóteses que não podem ser testadas nem mesmo na imaginação são inúteis, sem significado. Elas não podem nem mesmo ser falsas. Não precisamos perder nosso tempo tentando “desprovar” elas. Você não irá perder seu tempo tentando provar que eu não sou um deus, e nenhuma pessoa em sã consciência irá tentar perder tempo tentando provar a não-existência do seu Deus não testável e improvável. E é claro, quando você fazer uma afirmação sobre seu Deus escolhido, e que for testável, pessoas sãs podem tirar tempo para mostrar como os resultados do teste se mostram negativos. Mas no geral, ninguém irá perder tempo tentando provar que Jeová e eu não somos Deus.

Então pare de se preocupar com Deuses e outros conceitos impossíveis de ser testados. Foque-se no mundo real. Diferentemente de deuses e mulas-sem-cabeça, o mundo real pode afetar a sua vida para o mal ou para o bem. Somente o ideal de deuses pode afetar você. Se deuses eles mesmos pudessem afetar nosso mundo, nós não precisaríamos debater a sua existência!
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obs:
Frank Zindler é presidente do http://atheists.org .
:)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Homem gay tem cérebro feminino, comprova estudo

Da mesma maneira, cérebro de lésbica parece o de um homem heterossexual.
Estudo dá as provas mais sólidas de que a orientação sexual é característica biológica.

O cérebro de um homem gay é mais parecido com o de uma mulher do que com o de um homem heterossexual. É o que mostra um estudo feito na Suécia e divulgado nesta segunda-feira (16), que revelou as provas mais sólidas até hoje de que a sexualidade não é uma opção, mas uma característica biológica.



A equipe de Ivanka Savic, do Instituto Karolinska, mostrou, com a ajuda da ressonância magnética, que o tamanho e a forma do cérebro variam de acordo com a orientação sexual. O cérebro de um homem gay parece o de uma mulher hétero – com os dois hemisférios mais ou menos do mesmo tamanho. O de uma lésbica, no entanto, parece o de um homem hétero – pois os dois têm o lado direito um pouco maior que o esquerdo.

Trabalhos anteriores já tinham detectado uma diferença na atividade cerebral, mas eles analisaram apenas a resposta sexual dos indivíduos. Por exemplo, na hora de ver um rosto atraente. Esse tipo de coisa, afirma Savic, pode ter sido “aprendida” ao longo dos anos. Por isso, a pesquisadora preferiu estudar parâmetros fixos, como o tamanho e a forma do cérebro, que se mantêm os mesmos desde o nascimento.

A equipe também analisou o fluxo de sangue na amígdala, a área do cérebro que controla o aprendizado emocional, o humor e a agressividade. Novamente, o padrão masculino homossexual correspondeu ao feminino heterossexual e vice-versa.

Ao todo, o grupo estudou 90 participantes (25 heterossexuais e 20 gays de cada um dos sexos). Os resultados foram apresentados na edição desta semana da revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a “PNAS”.

fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL602802-5603,00-HOMEM+GAY+TEM+CEREBRO+FEMININO+COMPROVA+ESTUDO.html

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agora eu quero ver o que os fanáticos dirão depois de ler isso, que tipo de deus cria um ser destinado ao pecado para sofrer eternamente nas chamas infernais, pois os gays não tem escolha(é claro que tem o fator social\meio em que vive\criação).
se as pessoas já nascem predestinadas a serem "pecadoras"(ponto de vista bíblico), então:

1- deus cria para condenar
2- deus é imperfeito,pois criou serem que podem pecar(entristecer um ser "onipotente" no qual nada pode atingido ou abaixar a sua auto estima)
3- se deus é perfeito,isso seria uma imperfeição, logo, deus não existe.

ouçam a voz da razão e sejam menos ignorantes o povinho preconceituoso.
as pessoas precisam parar de ser irracionais.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Igreja anglicana aprova bispas e Vaticano lamenta

ROMA - O Vaticano lamentou nesta terça-feira a aprovação de mulheres bispos pela igreja anglicana e afirmou que a decisão constitui "um novo obstáculo para a reconciliação" entre as duas igrejas. O Sínodo Geral da igreja anglicana autorizou na segunda-feira a ordenação de bispas, assunto polêmico responsável por uma grande divisão interna entre liberais e conservadores.

A decisão foi tomada após um longo e caloroso debate de mais de seis horas entre os membros do Sínodo Geral. Há dois anos, a igreja, que ordenou sua primeira bispa em 1994, já tinha se comprometido a aceitar a ordenação de mulheres. No entanto, faltaram definir os requisitos a serem preenchidos pelas candidatas e acalmar de alguma forma os conservadores contrários à decisão.

O Vaticano afirmou que a decisão terá conseqüências no diálogo entre as duas igrejas. Em um comunicado, a Santa Sé disse que a nova medida constitui uma desvinculação da tradição apostólica respeitadas por todas as igrejas no primeiro milênio de existência.

A decisão deve ser novamente discutida em fevereiro próximo, antes que seja colocada em prática.

Cerca de 1.300 reverendos anglicanos ameaçam realizar um cisma religioso se a Igreja não estabelecer códigos específicos nos pontos mais controversos, como a ordenação de mulheres, sacerdotes homossexuais e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Religiosos contrários à ordenação de mulheres manifestaram sua insatisfação em cartas enviadas ao Arcebispo de Canterbury.

fonte:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/07/08/igreja_anglicana_aprova_mulheres_bispos_vaticano_lamenta-547142241.asp

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A igreja católica não é machista, gente, é só tradição...

"A decisão foi tomada após um longo e caloroso debate"
alguem imagina o que é isso?

http://ateus.net/humor/cartoons/argumentacao_biblica.php



sexta-feira, 30 de maio de 2008

STF aprova pesquisa com células-tronco embrionárias

SÃO PAULO (Reuters) - O Supremo Tribunal Federal aprovou na quinta-feira a continuação das pesquisas com células-tronco embrionárias, colocando fim a um processo iniciado em 2005. Seis dos 11 ministros do STF votaram pela improcedência da Ação de Inconstitucionalidade (Adin) que questionava o uso de embriões nos estudos.

Os cinco outros votos dos ministros da mais alta corte do país foram pela aprovação do texto com restrições.

Votaram a favor das pesquisas os ministros Joaquim Barbosa, Celso de Mello, Cezar Peluso, Marco Aurélio Mello, Carmen Lúcia, Ellen Gracie e o relator Carlos Ayres Britto.

Os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Alberto Menezes Direito, Eros Grau, Cezar Peluso e o presidente do STF, Gilmar Mendes, fizeram ressalvas e foram os votos vencidos.

A Adin rejeitada foi apresentada pelo ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles.

"Certamente aqueles que eventualmente saírem insatisfeitos com a decisão do Supremo vão discutir isso no Congresso", disse o presidente do STF após o julgamento. "Há uma série de formas de atuação... em relação a este tema. A matéria está resolvida para nós do Supremo", completou.

O julgamento, suspenso em março após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, foi retomado na quarta-feira e foi acompanhado de perto por cientistas, portadores de deficiências e ativistas contrários e favoráveis aos estudos.

Com a decisão do STF, fica mantido o texto original da Lei de Biossegurança, que permite a utilização em pesquisas de embriões produzidos por clínicas de fertilização in vitro, congelados há mais de três anos ou que sejam considerados inviáveis.

Além disso, a lei determina que os genitores do embrião têm de autorizar sua utilização em pesquisas e proíbe a comercialização de embriões.

PRIMEIRO NA AMÉRICA LATINA

O Brasil é o primeiro país da América Latina a permitir as pesquisas de células tronco e, no mundo, passa a ser o 26o. Ele entra no rol de países como Finlândia, Grécia, Suíça, Holanda Japão, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Reino Unido e Israel, informou o Ministério da Saúde.

Críticos das pesquisas, como a Igreja Católica, argumentam que os estudos com embriões violam a vida humana. Cientistas que defendem a iniciativa dizem que essas células têm o potencial de proporcionar tratamento para doenças como Parkinson, Alzheimer e diabete.

Em nota, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse "lamentar" a decisão do STF.

"A decisão do STF revelou uma grande divergência sobre a questão em julgamento, o que mostra que há ministros do Supremo que, nesse caso, têm posições éticas semelhantes à da CNBB. Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra", informa comunicado da CNBB.

Já o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, comemorou a continuidade das pesquisas com células-tronco embrionárias alegando que a decisão "representa esperança para o tratamento de doenças que não possuem cura atualmente".

"O resultado permite à ciência brasileira assumir uma nova posição no cenário internacional", afirmou Temporão.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a decisão "é uma vitória do bom senso, que prenuncia resultados auspiciosos para a ciência - a medicina em particular -, em benefício do ser humano".

"O resultado inclui o Brasil no seleto grupo de países em condições de levar a humanidade a dar um novo e gigantesco passo no campo das pesquisas", acrescentou.

(Reportagem de Eduardo Simões e Tatiana Ramil)


fonte:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/05/29/stf_aprova_pesquisa_com_celulas-tronco_embrionarias-546569173.asp

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quando o clero vai parar com essa mania de querer mandar em tudo? a inquisição já passou. o clero sempre foi uma pedra no sapato da ciência, pois eles querem que a raça humana continue na escuridão, pois quanto menos conhecimento = mais alienação = mais fieis = mais dinheiro.
eles deveriam lembrar que o estado é "laico", e que as leis do brasil é baseado no código penal, e não na bíblia(que é um livro sagrado para "eles",e não para os outro 2\3 da população mundial).
não adianta chorar.
ciência 1 x 0 clero

sábado, 17 de maio de 2008

Deus não cura amputados, mas...

...já a ciência, é outra história!

"Pesquisadores criaram pó que estimulou crescimento de dedo 'amputado'.

Cientistas americanos conseguiram fazer com que a ponta do dedo de um homem crescesse de novo depois de ter sido cortada fora.
Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh desenvolveram um pó especial que estimulou as células do dedo ao redor da parte decepada a crescer.
Lee Spievak, de 69 anos, havia perdido a ponta do dedo ao colocá-la na hélice de um avião miniatura.
Mas, agora, Spievak tem uma ponta regenerada, com pele, nervos, unha e até mesmo sua impressão digital.
Isso foi possível depois que recebeu do irmão, Alan, que trabalha com medicina regenerativa, o pó desenvolvido pelos cientistas da Universidade de Pittsburgh.
"Na segunda vez que eu coloquei o pó, eu já pude perceber que o dedo havia crescido. A cada dia, crescia um pouco", Spievak contou ao correspondente da BBC em Ohio, Matthew Price.
"Levou cerca de quatro semanas até fechar completamente", afirmou.
Agora, ele diz ter "movimento e sensibilidade total"."

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL450231-5603,00-CIENTISTAS+CONSEGUEM+FAZER+DEDO+CORTADO+CRESCER+DE+NOVO.html

;)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tomara que vire moda agora?

O verdadeiro ‘deus’ deste mundo é representado não por uma cruz ou por uma estrela, é ele normalmente representado por cifrões ($$). É, meu caro e nobre leitor…para quem ainda duvida, veja que a força de referido ‘deus’ consegue derrubar os mais fortes adversários.

A ICAR acaba de perder uma mamata; foi um direito de esquerda no queixo de fazer qualquer um ver estrelas: numa só tacada ela perdeu, nada mais, nada menos do que 11,7 milhões de euros, pouco mais de 141 milhões anuais e a isenção de impostos (nem faça as contas, é dinheiro à perder de vista!).

E o que teria motivado essa decisão? Simples: O governo da Espanha retirou a ajuda financeira oficial à Igreja Católica no país, depois que a instituição se opôs ao casamento gay e chegou a pedir votos para a oposição nas últimas eleições (misturar religião e política nunca dá certo mesmo!).

Mas veja: não pense você que o Estado Espanhol morre de amores pelos gays, viu? (menino ingênuo!). A bem da verdade, assim como qualquer governo, a Espanha morre de amores por: Dinheiro! Isso mesmo: dinheiro!

O que motivaria essa minha afirmação? Simples: apesar de inexistirem estatísticas mundiais confiáveis, estima-se, por exemplo, que o consumidor gay gasta 30% a mais em bens de consumo em comparação com um heterossexual de mesma condição social; além disso, geralmente tem maior nível de escolaridade, raramente possuem prole….e o resultado: mais dinheiro no bolso; tanto que as paradas gays do mundo inteiro contam com patrocinadores de vulto, como Bank of America, MasterCard, Pepsi, Delta Airlines, entre outros.

O mercado está tão ávido pelo chamado ‘pink money’, que as empresas estão voltando os olhos para este tipo de público (exemplo disso é a American Life, que, no Brasil, por exemplo, lançou o ‘Vida Freedon’, primeiro seguro de vida para casais gays do País). Afinal, que importa a sexualidade, se a pessoa tem dinheiro?

E a política segue no mesmo sentido, vergando-se aos pés daqueles que detém em seu poder o mais adorado e desejado objeto de culto: $$$$. Com o governo espanhol não poderia ser diferente.

Assim, pouco adiantou a ICAR bater o pezinho e fazer beicinho: quando insistiu em posicionar-se (sem trocadilhos, faz-favor!) contra o casamento gay, fazendo campanha contra (ué…a Igreja não deveria manter-se fora da política?), o governo resolveu dar um basta na farra e acabar com o financiamento público.

Fazer o quê? C’est la vie!

Claro que o governo ofertou outra justificativa, seria inconcebível a admissão de um ‘monetarismo’ como esse, né? O secretário de Liberdades Públicas, Sr.Álvaro Costa, disse à BBC Brasil que tratava-se de ” um financiamento excessivo”, enquanto que o professor de Direito Eclesiástico da Universidade Pública de Navarra, Alejandro Gutiérrez, comentou que, por se tratar de um país laico desde 1845, que a medida “até demorou a chegar” bem como:

Mais de 100 mil sacerdotes vinham recebendo esses privilégios de estar isentos de pagar impostos de tributação, enquanto um professor, um jornalista ou um funcionário público deve pagar por comprar uma casa”

É duro…além de não receber mais a mesada ainda terão de pagar impostos, quanta injustiça. A ICAR está inconsolável com a perda da receita, o vice-secretário para assuntos econômicos da Conferência Episcopal Espanhola, Fernando Giménez Barriocanal alegou que:.

“A demanda de serviços religiosos é altíssima. Mais de 7 milhões de católicos vão às missas cada domingo na Espanha e atendemos a mais de 2,4 milhões de pessoas em centros sociais como asilos, ambulatórios, orfanatos, centros de reabilitação ou albergues para mendigos. Mas, para tudo isso acontecer, a Igreja tem que poder viver a sua fé, anunciando-a e expressando-a em liberdade”

Claro que ninguém fica de braços cruzados ao ver seu cofrinho esvaziando assim, né? A ICAR resolveu investir forte em propaganda, pedindo aos otários fiéis, mais dinheiro, estão se dedicando a isso com tanta ou mais força do que em propagar o evangelho, a propaganda esmoleira invadiu redes de TV, rádios, jornais e até uma versão boca-a-boca. A campanha foi intitulada “Por tantos, programa para a sustentação econômica da Igreja”.

E não poderia deixar de ser diferente: outro ‘deus’ poderoso deste mundo é a mídia, não?

O fenomenal empenho da ICAR é devidamente motivado pois, além de ter de cobrir o rombo deixado pelo governo espanhol, terão ainda de tapar outro ocasionado pela nova obrigatoriedade de pagar os impostos que jamais haviam sido pagos.

Isso me faz lembrar um dos novos ‘pecados capitais’ instituídos pela ICAR: ‘tornar-se extremamente rico’. Ué…..se tornar-se extremamente rico é pecado, tornar-se pobre seria então uma espécie de elevação ou ‘santidade’ (por certo que meu pensamento é equivocado….não pode ser isso, se o fosse, os clérigos deveriam ficar felizes com os rombos! Ou não?

Que seja! Na próxima eleição de papa, dirão ‘habemus money’ !

Fonte: BBC[http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080509_igrejaespanhaanelise_ba.shtml] Brasil

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se a moda pega.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Deus causa stress. Psicóloga constata que o medo do castigo divino perturba crianças até 12 anos e gera adultos inseguros

Moldar a educação dos filhos lançando mão da velha frase "Não faça isso que Deus castiga" não é um expediente recomendável para quem leva a sério os princípios da psicologia. O medo de Deus é uma das principais causas de stress em crianças de seis a 12 anos e pode transformá-las em adultos inseguros. A conclusão é da psicóloga Marilda Novaes Lipp, 47 anos, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp) e diretora do Centro de Controle de Stress para Adultos e Crianças. A pesquisadora reuniu 187 entrevistas com crianças de escolas públicas e particulares de São Paulo, Campinas, Santa Bárbara do Oeste e Atibaia, no Estado de São Paulo, e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, 70% dos estudantes de escola pública demonstravam ter medo de Deus, enquanto esse índice ficou em 50% nos colégios privados. Já em São Paulo e Campinas, o temor divino atingiu cerca de 30%. "Isso indica que em cidades menores as pessoas são mais religiosas e recorrem ao nome de Deus com frequência", explica Marilda Lipp. A idéia de que Deus castiga faz com que as crianças se sintam vigiadas o tempo todo e com a certeza de que serão punidas se não se comportarem.


... Renata, 8 anos, que temia punições a ponto de ter pesadelos

Deus causa stress
Psicóloga constata que o medo do castigo divino perturba crianças até 12 anos e gera adultos inseguros

Foto: RICARDO GIRALDEZ

Marilda Lipp pesquisou crianças como ...

MADI RODRIGUES

Moldar a educação dos filhos lançando mão da velha frase "Não faça isso que Deus castiga" não é um expediente recomendável para quem leva a sério os princípios da psicologia. O medo de Deus é uma das principais causas de stress em crianças de seis a 12 anos e pode transformá-las em adultos inseguros. A conclusão é da psicóloga Marilda Novaes Lipp, 47 anos, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp) e diretora do Centro de Controle de Stress para Adultos e Crianças. A pesquisadora reuniu 187 entrevistas com crianças de escolas públicas e particulares de São Paulo, Campinas, Santa Bárbara do Oeste e Atibaia, no Estado de São Paulo, e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, 70% dos estudantes de escola pública demonstravam ter medo de Deus, enquanto esse índice ficou em 50% nos colégios privados. Já em São Paulo e Campinas, o temor divino atingiu cerca de 30%. "Isso indica que em cidades menores as pessoas são mais religiosas e recorrem ao nome de Deus com frequência", explica Marilda Lipp. A idéia de que Deus castiga faz com que as crianças se sintam vigiadas o tempo todo e com a certeza de que serão punidas se não se comportarem.

As crianças estressadas apresentam vários sintomas. "Elas acordam no meio da noite com terror noturno, têm sentimento de culpa exacerbado, irritação, taquicardia, gaguejam, ficam com as mãos suadas, sentem dor de estômago, têm dificuldade de concentração e, quando ficam nervosas durante o dia, fazem xixi na cama à noite," descreve Marilda, Ph.D. em Psicologia pela George Washington University. As idéias errôneas sobre o Todo-Poderoso provocam danos à personalidade do futuro adulto. "A criança que tem medo de Deus se torna um adulto perfeccionista, acomodado e que não ousa em coisa nenhuma", explica. As conclusões da professora estão no livro Pesquisas sobre stress no Brasil, lançado em fevereiro, pela Editora Papirus. Nele, é enfatizado que esse trauma não representa um problema religioso. "Em sua maioria, a imagem punitiva de Deus parte dos pais. É uma questão puramente de educação, porque Deus não vai causar mal para ninguém", garante.

As consequências provocadas pelo medo de Deus são reversíveis quando tratadas na infância. "Na fase adulta, os efeitos são mais difíceis de você reverter. Precisa de uma boa terapia", ressalta Marilda. A pesquisa mostra também que os pais das crianças entrevistadas não tinham a menor idéia de que o medo de Deus causava estrago à saúde de seus filhos. Para a pesquisadora, é perfeitamente possível controlar a impulsividade das crianças sem precisar recorrer aos préstimos divinos. "Os pais precisam ter coragem de desagradar as crianças. Saber impor respeito e punição, que não deve ser física", ensina. Há um ano e meio, a artista plástica Neide Pinheiro Mafra Machado, 38 anos, moradora de Campinas, notou que a filha, Renata, de oito anos, acordava de noite sobressaltada. "Durante o dia, ela se mostrava tensa e à noite acordava com as mãos suadas, com medo, dizendo que tinha tido pesadelo", lembra Neide. Um certo dia, a menina perguntou: "Mãe, Deus vê tudo que a gente faz? Ele fica me vigiando, mãe?" Renata estava com medo de Deus e Neide tratou de tranquilizá-la. "Estudei em colégio de freira onde a imagem de Deus era passada de forma terrorista. Por causa disso, tomei todos os cuidados para que a minha filha não tivesse a mesma visão", contou a artista plástica, que assegura que esse medo não nasceu dentro de sua casa. Embora tenha tentado, a mãe não conseguiu aplacar o medo de Renata, tanto que há um ano e meio a menina faz tratamento no Centro de Controle de Stress para Adultos e Crianças. Lá, descobriu-se que, aos três anos, Renata ficou furiosa com Deus depois da morte do avô paterno e se sentiu punida quando a irmã Bruna, de um ano e quatro meses, demorou para chegar. Hoje a menina tem se mostrado mais confiante. "Antes eu tinha medo de Deus. Achava que ele ficava vendo tudo que eu fazia e que ia me castigar. Mas hoje eu sei que Deus não faz isso. Ele é bonzinho", afirma.

fonte:
http://terra.com.br/istoe/comport/144014.htm

terça-feira, 6 de maio de 2008

Criador Instantâneo de Religiões

achei isto no ateus.net.
http://ateus.net/humor/criador_instantaneo_de_religiao.php
muito legal:

minha versão
a história da minha religião(leia depois que você fizer o teste acima ;) )










O Novo Testamento segundo Filipe Martins Silva

Para grande surpresa de seu marido, a Virgem Filipa estava grávida. Felizmente, um anjo explicou para Virgem Filipa que seu filho era Filipe Cristo, Senhor do mundo, o glorioso filho de Deus (e estudante nas horas vagas). No dia de seu nascimento, os anjos ordenaram que os pastores seguissem o brilho da estrela para encontrá-lo. Além disso, três armas cachorros vieram trazendo valiosos presentes: metralhadora e escopetas. Passado algum tempo, sucedeu que Filipe Cristo foi batizado, sendo submergido em cachaça. Então proferiu o sermão da casa. No sermão da casa, Filipe Cristo ensinou: Bem-aventurados os cuma, pois eles serão os onde; Bem-aventurados são os sei la, pois deles será o Reino dos Céus. Filipe Cristo também fez muitos milagres, como quando transformou Filipe em Filipa durante o casamento de um amigo; também fez um caralho recuperar-se com uma simples palavra. Infelizmente, os governantes ficaram muito bravos com a influência de Filipe Cristo, e então passaram e comeram e fuderam Filipe Cristo, que apenas disse: perdoai-os, eles não sabem o que fazem. Mas algum dia ele retornará em glória e magnificência para o julgamento final, então prepare-se! Filipe Cristo retornará. O fim está próximo.

haha.

sábado, 26 de abril de 2008

Orgulho da cor da própria pele? não seja ridículo

DRAUZIO VARELLA

Éramos todos negros

A você que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho um conselho: não seja ridículo

ATÉ ONTEM , éramos todos negros. Você dirá: se gorilas e chimpanzés, nossos parentes mais chegados, também o são, e se os primeiros hominídeos nasceram justamente na África negra há 5 milhões de anos, qual a novidade?
A novidade é que não me refiro a antepassados remotos, do tempo das cavernas (em que medíamos um metro de altura), mas a populações européias e asiáticas com aparência física indistinguível da atual.
Trinta anos atrás, quando as técnicas de manipulação do DNA ainda não estavam disponíveis, Luca Cavalli-Sforza, um dos grandes geneticistas do século 20, conduziu um estudo clássico com centenas de grupos étnicos espalhados pelo mundo.
Com base nas evidências genéticas encontradas e nos arquivos paleontológicos, Cavalli-Sforza concluiu que nossos avós decidiram emigrar da África para a Europa há meros 100 mil anos.
Como os deslocamentos eram feitos com grande sacrifício, só conseguiram atingir as terras geladas localizadas no norte europeu cerca de 40 mil anos atrás.
A adaptação a um continente com invernos rigorosos teve seu preço. Como o faz desde os primórdios da vida na Terra sempre que as condições ambientais mudam, a foice impiedosa da seleção natural ceifou os mais frágeis. Quem eram eles?
Filhos e netos de negros africanos, nômades, caçadores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne animal. Dessas fontes naturais absorviam a vitamina D, elemento essencial para construir ossos fortes, sistema imunológico eficiente e prevenir enfermidades que vão do raquitismo à osteoporose; do câncer, às infecções, ao diabetes e às complicações cardiovasculares.

Há 6.000 anos, quando a agricultura se disseminou pela Europa e fixou as famílias à terra, a dieta se tornou sobretudo vegetariana.
De um lado, essa mudança radical tornou-as menos dependentes da imprevisibilidade da caça e da pesca; de outro, ficou mais problemático o acesso às fontes de vitamina D.
Para suprir as necessidades de cálcio do esqueleto e garantir a integridade das demais funções da vitamina D, a seleção natural conferiu vantagem evolutiva aos que desenvolveram um mecanismo alternativo para obter esse micronutriente: a síntese na pele mediada pela absorção das radiações ultravioletas da luz do sol.
A dificuldade da pele negra de absorver raios ultravioletas e a necessidade de cobrir o corpo para enfrentar o frio deram origem às forças seletivas que privilegiaram a sobrevivência das crianças com menor concentração de melanina na pele.
As previsões de Cavalli-Sforza foram confirmadas por estudos científicos recentes.
Na Universidade Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan Pritchard realizaram exames de DNA em 52 grupos de habitantes da Ásia, África, Europa e Américas.
Conseguiram dividi-los em cinco grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por desertos extensos, oceanos ou montanhas intransponíveis: os africanos da região abaixo do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáticos que vivem a oeste do Himalaia, os habitantes de Nova Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas.
Quando os autores tentaram atribuir identidade genética aos habitantes do sul da Índia, entretanto, verificaram que suas características eram comuns a europeus e a asiáticos, achado compatível com a influência desses povos na região.
Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação.

Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação.
No ano passado, foi identificado um gene, SLC24A5, provavelmente responsável pelo aparecimento da pele branca européia.
Num estudo publicado na revista "Science", o grupo de Keith Cheng seqüenciou esse gene em europeus, asiáticos, africanos e indígenas do continente americano.
Tomando por base o número e a periodicidade das mutações ocorridas, os cálculos iniciais sugeriram que as variantes responsáveis pelo clareamento da pele estabeleceram-se nas populações européias há apenas 18 mil anos.
No entanto, como as margens de erro nessas estimativas são apreciáveis, os pesquisadores tomaram a iniciativa de seqüenciar outros genes, localizados em áreas vizinhas do genoma. Esse refinamento técnico permitiu concluir que a pele branca surgiu na Europa, num período que vai de 6.000 a 12 mil anos atrás. A você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo.


(FSP, 26 de abril de 2008)