quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Deus

O ONIPOTENTE E ONISCIENTE
“...eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade” (Isaías, 46: 9, 10). Aí está um deus onipotente, que faz tudo, nada sucedendo contra a sua vontade.

DEUS DO BEM E DO MAL
“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas. (Isaías, 45: 7). Aí está o deus sádico, perverso, que se compraz em criar o mal. Tudo de ruim que você vê é também a vontade dele. Não se mostra aquele “justo” e “bom”.

NÃO DÁ IMPORTÂNCIA Á SUA CRIATURA
“E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel, 4: 35). Não temos nenhuma importância diante dele.

O SADISMO DIVINO
“Disse ainda o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, e ele não deixará ir o povo” (Êxodo, 4: 21). “Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. No entanto o coração de Faraó se endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito. (Êxodo, 8: 19). “Mas o Senhor endureceu o coração de Faraó, e este não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés” (Êxodo, 9: 12).. Aí está agindo o deus sádico. Não era o faraó que queria fazer a maldade, mas o deus dos hebreus que fez com que ele perpetrasse o mal.

“Mas Siom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por sua terra, porquanto o Senhor teu Deus lhe endurecera o espírito, e lhe fizera obstinado o coração, para to entregar nas mãos, como hoje se vê” (Deuteronômio: 2: 30) Mais um que se comportou mal pela vontade do deus que lhe desejou a desgraça.
“Porquanto do Senhor veio o endurecimento dos seus corações para saírem à guerra contra Israel, a fim de que fossem destruídos totalmente, e não achassem piedade alguma, mas fossem exterminados, como o Senhor tinha ordenado a Moisés” (Josué, 11: 20). Mais uma vez, o mal procedente da vontade do todo-poderoso, que cria “o mal”.

“Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mateus, 11: 25). Mais uma vez, vemos o deus conduzindo os fatos em prejuízo de alguém.

Os versículos acima apresenta um deus conforme a segunda alternativa de Epicuro. Pode impedir o mal e “não quer”, ou seja, é “perverso”. Ninguém tem culpa do mal que faz, porque é Deus que quer assim. Ele se compraz em endurecer os corações dos homens, para depois castigá-los.

Mas, analisando toda a estória bíblica, podemos vê-lo diferente. Vejamos:

“Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração” (Gênesis, 6:6); “E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel” (I Samuel, 15:35).

Se assim foi, ele não parece saber o fim desde o princípio nem conduzir tudo exatamente conforme a própria vontade. Quem se arrepende o faz por não ter previsto o resultado do próprio feito. Ele não tem o total controle das coisas e acontece algo que ele não previu. Não é um deus verdadeiro, porque se gaba de saber tudo antes de acontecer, mas as coisas podem acontecer contra a sua vontade e ele se arrepender. Não é bom, porque cria o mal. Não é justo, porque castiga o filho por causa da maldade do pai.

Nenhum comentário: