quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
26 Perguntas Embaraçosas para Cristãos
2. Se o universo é, por definição, tudo o que existe e está em todo lugar, por que tem gente que vive perguntando “então de onde veio o universo?”. Existe lugar fora do universo?
3. Se a Bíblia diz que Deus é onisciente e não se arrepende, por que esta mesma Bíblia diz que ele se arrependeu de sua criação?
4. Por que Deus mandou o dilúvio para eliminar o mal na Terra, mas a nova humanidade continuou má? Deus falhou? Se ele sabia que não ia surtir efeito por que o fez? Resolveu se divertir brincando de afogar as pessoas e inventou tal desculpa?
5. Se Deus é imutável, porque ele precisou “mudar as regras” enviando Jesus a Terra?
6. Por que um deus sábio que tudo pode, ao invés de resolver tudo rápida e racionalmente, teve que se tornar carne para sacrificar a si próprio, para satisfazer a si mesmo, para livrar sua criação de sua própria ira? Será que Deus é insensato e masoquista? Ou isso tudo são invenções de homens primitivos desprovidos de lógica que escreveram a Bíblia?
7. Por que deístas e teístas dizem que precisaríamos vasculhar todos os lugares do universo e não encontrar Deus para afirmar que ele não existe, quando precisaríamos somente não encontrá-lo em um lugar, visto que é supostamente onipresente?
8. Se Deus não causa confusão, o que dizer da torre de babel e dos milhares de facções cristãs se digladiando?
9. Cristãos dizem que na morte os bebês vão direto para o céu, então por que são contrários ao aborto nos casos de gravidez por estupro ou quando põe em risco a vida da mãe?
10. Por que Deus permite que uma criança nasça sabendo que ela no futuro vai ser condenada ao sofrimento eterno no lago de fogo e enxofre se ele a ama? Ou não ama?
11. Como Deus pode ter emoções como ciúme, raiva e tristeza, se ele é onisciente e estas são reações ao imprevisto ou frustrações de planos?
12. A Bíblia diz que as lembranças sobre o passado na Terra serão todas apagadas nos que forem salvos. Mas não somos nossa memória? O que Deus salvará então, zumbis?
13. Por que Deus abriu o mar vermelho para salvar os judeus do Egito, mas não abriu os portões dos campos de concentração durante a segunda guerra mundial?
14. Em Isaías 40:28 diz “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?”. Então como é que Moisés diz que Deus descansou no sétimo dia da criação?
15. Se alguém nasce com problemas mentais, seu espírito também tem problemas mentais?
16. Quando um velho caduca seu espírito também envelheceu?
17. Por que danos ao cérebro podem mudar a personalidade como, por exemplo, tornar um pai amoroso indiferente com os filhos, se nossa essência está no espírito?
18. Cristãos gostam de dizer que Jesus sacrificou sua própria vida por nós, mas se ele era Deus e não podia errar nem ser condenado e agora está vivo no céu como dono de tudo... O que ele sacrificou mesmo?
19. Se o design de Deus é tão inteligente, porque os homens possuem mamilos se não precisam dar de mamar e ainda podem ser acometidos de câncer?
20. Por que os cristãos dizem que certos fatos são “planos de Deus” se planos são oriundos de mentes limitadas que tentam prever o futuro para minimizar erros?
21. Por que precisamos de um corpo se nosso espírito pode fazer tudo o que fazemos e até melhor?
22. Se, como dizem os crentes, nada ocorre sem consentimento de Deus e tudo é “plano dele”, ele planejou todos os males, dor e catástrofes que ocorrem com a humanidade?
23. Se Deus concedeu o livre arbítrio por que castiga e condena os que não concordam com ele?
24. Muita gente acredita em fantasmas de pessoas e animais mortos, então por que só há relatos de fantasmas de pessoas e bichos da fauna atual, mas ninguém vê fantasmas de homo herectus, neanderthais, nem dos gigantescos dinossauros ou mamutes cuja existência é confirmada por fósseis e corpos congelados?
25. Se Jesus era filho de Deus com Maria, porque há uma árvore genealógica nos evangelhos onde Jesus é filho de José?
26. Por que a maioria dos atributos de Deus é característica da inexistência: Sem corpo, imaterial, incompreensível, invisível, imperceptível?
Postado por Jonas Alexandre
fonte: http://obomherege.blogspot.com/2008/12/26-perguntas-constragedoras-para-os.html
domingo, 21 de dezembro de 2008
Deus pode ser onisciente, onipotente e onipresente?
Esta aqui é uma reflexão recente. Se você pensar direitinho, perceberá que Deus não pode ser ao mesmo tempo onisciente e onipotente, como diz a bíblia. Quem estuda lógica já percebeu isso. Se Deus é onisciente, Ele já tem de saber que vai intervir para mudar o curso da história usando sua onipotência. Mas isso significa que Ele não pode mudar de idéia sobre a intervenção, o que significa que Ele não é onipotente. Karen Owens já colocou isso em versos:
“Can omniscient God, who
Knows the future, find
The omnipotence to
Change His future mind?”
O problema é simples. Se Deus é onisciente, Ele sabe tudo. Portanto, sabe o que acontecerá daqui a 48hs e sabe exatamente o que Ele fará a respeito disso. Então Ele já sabe o que vai acontecer e a decisão Dele sobre aquilo. Se Ele muda de idéia – vamos supor, por misericórdia a alguém –, a decisão já é outra, então o que Ele sabia originalmente já não é mais verdadeiro. Portanto, é logicamente impossível ser onisciente e onipotente ao mesmo tempo.
A onipresença também é problemática.
Nós, humanos, somos seres quadridimensionais. Quem estudou matemática e física sabe disso. O nosso mundo é traduzido e compreendido em 4 dimensões. Três dimensões representam o espaço (comprimento, largura e altura). A quarta representa o tempo. Nós adotamos um sistema de referência espacial com três eixos perpendiculares entre si: qualquer ponto do espaço pode ser definido por três números, que representam as coordenadas do ponto em relação aos eixos. Como no desenho de um cubo. A grosso modo, as direções principais nas três dimensões conhecidas são chamadas de “em cima/baixo” (altitude), “norte/sul” (longitude) e “leste/oeste” (latitude). Mas tudo o que acontece, porém, acontece no tempo. Não existe, por exemplo, um cubo instantâneo (nasceu e morreu!). Se posso vê-lo num desenho, é porque ele persiste no tempo. Portanto, para descrever um acontecimento, é preciso mais um número, que represente uma medida de tempo, isto é, uma coordenada temporal. Nosso mundo não é estático, mas dinâmico. Por isso que, desde Einstein, falamos em “espaço-tempo”.
Contudo, o tempo é uma ilusão. Se uma pessoa viajasse em grande velocidade e estivesse usando um relógio, ela veria que, em relação aos relógios de pessoas que estivessem paradas, o seu relógio se atrasaria. Quem estudou física sabe disso. O limite desse atraso é atingido quando se atinge a velocidade da luz. Pois, segundo a teoria da relatividade de Einstein, nada pode viajar acima dessa velocidade. Então vamos pegar um exemplo: por hipótese, existe uma máquina que viaja na velocidade da luz. O relógio no pulso do piloto dessa máquina sofreria um atraso infinito, ou seja, ficaria congelado. Os batimentos cardíacos seriam retardados e o metabolismo seria retardado. Ele envelheceria bem mais devagar. Assim, ele veria o futuro. Se a tal máquina conseguisse ultrapassar a velocidade da luz, ele veria o passado, pois o tempo seria negativo. Esse piloto poderia ver, ao mesmo tempo, o nascimento e a morte de um parente seu. O tempo seria irrelevante para ele. Simplesmente não existiria.
A rigor, eu e você não existiríamos para ele, pois a existência só tem sentido no tempo. Para nós, o tempo é importante. Para esse piloto que se movimenta na velocidade da luz, não seria: o tempo não correria, se congelaria. Nesse contexto, não podemos mais falar de tempo como uma dimensão. Não tem sentido falarmos em “espaço-tempo”!
O tempo é a distância entre eventos, assim como o espaço é a distância entre lugares. O tempo nada mais é do que correlação entre coisas no espaço. Na hipótese do piloto que viaja na velocidade da luz, o tempo é anulado, se transforma numa mera dimensão espacial.
Hoje, eu digo: saí de Munique às 15hs e cheguei em Frankfurt às 21hs, passando antes por Rothenburg, onde fiquei por uma hora. O nosso piloto veloz diria: “Eu em Rothenburg-Frankfurt-Munique, desde sempre e para sempre.” Não existe referência temporal, não existe “espaço-tempo”.
O universo para esse piloto é estático! O tempo é ilusão. Enfim, o tempo é apenas a forma como nós humanos ligamos eventos, em nosso mundo lento.
Agora vem o que interessa. A bíblia diz que Deus é onipresente. A ciência diz que só existe uma coisa onipresente no universo (ou quase isso): a luz. A teologia diz que tem mais uma: Deus! Então agora volte ao exemplo do piloto na máquina veloz e o substitua por Deus. Se Deus é onipresente, o tempo não existe para Ele, o que significa que nós não existimos para Ele! Somos instantâneos para Ele! Qualquer relacionamento entre nós e Ele seria, portanto, impossível.
Assim, se os relacionamentos que a bíblia diz que Deus teve com os humanos são relatos verdadeiros, então é falso dizer que Ele é onipresente. Se não é onipresente, Ele não se move na velocidade da luz, e, portanto, não pode ver o futuro. Ele tem a mesma limitação que nós temos. Portanto, também seria falso dizer que Ele é onisciente. Não pode saber tudo. Muito menos seria, na mesma lógica, onipotente.
Está aí demonstrada uma grande contradição bíblica!