sábado, 26 de abril de 2008
Orgulho da cor da própria pele? não seja ridículo
Éramos todos negros
A você que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho um conselho: não seja ridículo
ATÉ ONTEM , éramos todos negros. Você dirá: se gorilas e chimpanzés, nossos parentes mais chegados, também o são, e se os primeiros hominídeos nasceram justamente na África negra há 5 milhões de anos, qual a novidade?
A novidade é que não me refiro a antepassados remotos, do tempo das cavernas (em que medíamos um metro de altura), mas a populações européias e asiáticas com aparência física indistinguível da atual.
Trinta anos atrás, quando as técnicas de manipulação do DNA ainda não estavam disponíveis, Luca Cavalli-Sforza, um dos grandes geneticistas do século 20, conduziu um estudo clássico com centenas de grupos étnicos espalhados pelo mundo.
Com base nas evidências genéticas encontradas e nos arquivos paleontológicos, Cavalli-Sforza concluiu que nossos avós decidiram emigrar da África para a Europa há meros 100 mil anos.
Como os deslocamentos eram feitos com grande sacrifício, só conseguiram atingir as terras geladas localizadas no norte europeu cerca de 40 mil anos atrás.
A adaptação a um continente com invernos rigorosos teve seu preço. Como o faz desde os primórdios da vida na Terra sempre que as condições ambientais mudam, a foice impiedosa da seleção natural ceifou os mais frágeis. Quem eram eles?
Filhos e netos de negros africanos, nômades, caçadores, pescadores e pastores que se alimentavam predominantemente de carne animal. Dessas fontes naturais absorviam a vitamina D, elemento essencial para construir ossos fortes, sistema imunológico eficiente e prevenir enfermidades que vão do raquitismo à osteoporose; do câncer, às infecções, ao diabetes e às complicações cardiovasculares.
Há 6.000 anos, quando a agricultura se disseminou pela Europa e fixou as famílias à terra, a dieta se tornou sobretudo vegetariana.
De um lado, essa mudança radical tornou-as menos dependentes da imprevisibilidade da caça e da pesca; de outro, ficou mais problemático o acesso às fontes de vitamina D.
Para suprir as necessidades de cálcio do esqueleto e garantir a integridade das demais funções da vitamina D, a seleção natural conferiu vantagem evolutiva aos que desenvolveram um mecanismo alternativo para obter esse micronutriente: a síntese na pele mediada pela absorção das radiações ultravioletas da luz do sol.
A dificuldade da pele negra de absorver raios ultravioletas e a necessidade de cobrir o corpo para enfrentar o frio deram origem às forças seletivas que privilegiaram a sobrevivência das crianças com menor concentração de melanina na pele.
As previsões de Cavalli-Sforza foram confirmadas por estudos científicos recentes.
Na Universidade Stanford, Noah Rosemberg e Jonathan Pritchard realizaram exames de DNA em 52 grupos de habitantes da Ásia, África, Europa e Américas.
Conseguiram dividi-los em cinco grupos étnicos cujos ancestrais estiveram isolados por desertos extensos, oceanos ou montanhas intransponíveis: os africanos da região abaixo do Saara, os asiáticos do leste, os europeus e asiáticos que vivem a oeste do Himalaia, os habitantes de Nova Guiné e Melanésia e os indígenas das Américas.
Quando os autores tentaram atribuir identidade genética aos habitantes do sul da Índia, entretanto, verificaram que suas características eram comuns a europeus e a asiáticos, achado compatível com a influência desses povos na região.
Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação.
Concluíram, então, que só é possível identificar indivíduos com grandes semelhanças genéticas quando descendem de populações isoladas por barreiras geográficas que impediram a miscigenação.
No ano passado, foi identificado um gene, SLC24A5, provavelmente responsável pelo aparecimento da pele branca européia.
Num estudo publicado na revista "Science", o grupo de Keith Cheng seqüenciou esse gene em europeus, asiáticos, africanos e indígenas do continente americano.
Tomando por base o número e a periodicidade das mutações ocorridas, os cálculos iniciais sugeriram que as variantes responsáveis pelo clareamento da pele estabeleceram-se nas populações européias há apenas 18 mil anos.
No entanto, como as margens de erro nessas estimativas são apreciáveis, os pesquisadores tomaram a iniciativa de seqüenciar outros genes, localizados em áreas vizinhas do genoma. Esse refinamento técnico permitiu concluir que a pele branca surgiu na Europa, num período que vai de 6.000 a 12 mil anos atrás. A você, leitor, que se orgulha da cor da própria pele (seja ela qual for), tenho apenas um conselho: não seja ridículo.
(FSP, 26 de abril de 2008)
terça-feira, 22 de abril de 2008
Mais um brasileiro no elenco de LOST
Pra quem não entendeu:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/...t1928u5504.jhtm
haha.
seria tão bom,se todos os padres\pastores\bispos\e o resto da corja levantassem vôo em balões, e não voltassem nunca mais.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
De batizado com o Espírito Santo a ateu:
Estou escrevendo este texto com o objetivo de evitar que outros jovens cometam o mesmo erro que eu cometi. Ninguém jamais deve desperdiçar sua vida por um ideal religioso. Nossa vida é única e especial e devemos aproveitar o privilégio que temos de viver ao máximo.
Infelizmente, durante minha adolescência, eu não vivi a vida. Dediquei quatro anos cumprindo os dogmas pentecostais. Já me arrependi e muito por ter cometido esse erro, porém hoje já não me arrependo mais, pois isto foi uma experiência de vida, me fez compreender mais o ser humano, e hoje devido a essa experiência que vivi, posso ajudar outros jovens a se libertarem da opressão religiosa, pois eu já trilhei o caminho das pedras e hoje quero ensinar outros jovens a terem liberdade de pensamento.
Também quero dar esse depoimento com o objetivo de combater o charlatanismo tão presente nas Igrejas Evangélicas. Não acho justo que os pastores se aproveitem da boa fé, ingenuidade e carências humanas para ganhar dinheiro, prestígio e poder. Acredito que estas pessoas devem ser denunciadas e os seus crimes expostos para que as futuras gerações se vejam livres dos vendedores de ilusões.
Os pastores, em sua louca ambição por dinheiro, levam jovens a abandonarem os estudos, adolescentes a abandonarem seus lares, muitos evangélicos ficam loucos e vão parar em hospícios de tanto buscarem o crescimento espiritual e muitos morrem por acreditarem em cura divina e deixarem de tomar os remédios que deveriam tomar.
Essa tragédia humana causada pela ambição dos pastores precisa ter um fim. Todo sofrimento precisa ter um fim e eu quero colaborar para que o sofrimento causado pelo fanatismo religioso também tenha o seu fim.
Não pretendo neste depoimento dizer nem o meu nome, nem o nome das pessoas que aqui serão mencionadas, pois não quero ofender nem magoar ninguém em particular, quero apenas mostrar a realidade da vida nas igrejas evangélicas.
Caso você seja evangélico, verá que tudo o que descreverei aqui é verdadeiro, pois tudo o que irei falar também acontece na igreja que você frequenta, basta que você faça a comparação.
Irei narrar muitas das coisas que vivenciei enquanto fui um evangélico, porém, aqui eu não irei falar tanto das igrejas evangélicas dos cultos de domingo, das escolar dominicais. Irei falar mais é da igreja evangélica que existe nos subterrâneos, falarei da igreja evangélica das vigílias, dos jejuns. Um lugar onde cura divina, exorcismos e profecias são coisas comuns e normais.
TIMIDEZ
As religiões crescem a medida que elas são felizes em atender as necessidades humanas como: pertencer a um grupo, sentir-se protegido, dar um sentido a vida entre outras coisas. Particularmente no Brasil, as seitas crescem muito porque é muito difícil ser feliz ganhando um salário miserável e tendo que trabalhar que nem um condenado sem perspectivas de melhora e vivendo em condições precárias sem direito a saúde, educação, moradia e lazer. Daí as pessoas pobres buscam se firmar em alguma crença para ter forças para enfrentar o dia-a-dia.
Falarei rapidamente sobre um motivo que leva as pessoas ao fanatismo religioso: a timidez, porém existem muitos outros motivos que podem levar uma pessoa a se dedicar cegamente a uma crença religiosa. Dentre os quais eu destaco: o desejo de ser uma pessoa mais disciplinada, o desejo de esquecer algum trauma e o desejo de fugir da realidade.
Se eu fosse falar das razões que podem levar alguém ao fanatismo, teria que escrever um livro. Então aqui eu falarei brevemente de uma só razão: a timidez.
Para mim, não interessa narrar aqui os motivos que me levaram a ser um crente, quero apenas divulgar as coisas ruins que vi nesta religião, porém, existe um motivo que me levou a ser um religiosos que irei compartilhar.
Antes de entrar para a igreja eu era um pessoa extremamente tímida. Tinha dificuldades em fazer amigos e era muito calado. Acredito que isso tenha me levado a uma grande necessidade de pertencer a um grupo que me aceitasse mesmo sendo eu tão fechado.
A timidez em excesso é uma inimiga muito forte de qualquer ser humano, pois ela nos tira a ousadia e a coragem, sentimentos muito importantes nos dias atuais.
Grande parte das pessoas muito religiosas são tímidas. a timidez nos fecha em nosso mundinho particular. As crenças religiosas alimentam a formação desse mundinho, construindo ao nosso redor uma barreira com a qual nos isolamos dos outros e principalmente da própria razão.
O Altruísmo é algo muito bonito nos seres humanos. Somos capazes de ter filhos e os criarmos com amor e dedicação. Somos capazes de nos dedicarmos a ideais religiosos, políticos ou humanitários e sacrificar nossa própria vida por esses ideais.
O Altruísmo faz com que tenhamos energia para lutarmos por um mundo melhor. Se hoje vivemos em um mundo melhor do era no passado, devemos isso as pessoas altruístas que dedicaram sua vida por bons ideais.
Combater os males que atingem a humanidade é muito importante, porém, antes de pensarmos em construir um mundo melhor, temos que pensar em fazer de nós pessoas melhores. Daí cada um deve olhar para dentro de si e buscar ser uma pessoa mais feliz consigo mesmo e com todos ao seu redor.
Caso você seja uma pessoa tímida, você deve combater sua timidez, pois sendo tímido dificilmente você poderá influenciar positivamente o mundo em que você vive.
A timidez começa como um circulo vicioso no inicio da adolescência. A pessoa fala pouco porque sente medo de falar alguma bobagem, e por falar pouco a pessoa não desenvolve sua capacidade de relacionamento com os demais, e por não ter um bom desenvolvimento interpessoal, a pessoa fala pouco com medo de não falar tão bem quanto os outros.
Ocorre que nesta vida muitas vezes aprendemos errando. Para ter uma ótima comunicação temos que tentar, e tentar significa muitas vezes errar para depois aprender. O tímido tem muito medo de errar, o que bloqueia o seu aprendizado.
DEDICAÇÃO
Se você é um evangélico, deve estar pensando que se eu me desviei da igreja e me tornei ateu é porque eu nunca fui um verdadeiro crente. Era assim também que eu via as pessoas que saiam da igreja, porém mais a frente irei mostrar o tanto que eu me dediquei a esta religião, para que você possa se questionar se eu era ou não um verdadeiro crente.
Sendo um evangélico, você talvez esteja me recriminando pelo fato de eu ter mudado meus pensamentos, porém devo lhe dizer que eu tinha esse direito, pois eu não me tornei cristão porque eu quis, simplesmente fui obrigado a ser cristão. Irei explicar melhor.
Quando eu nasci eu era ateu, e fui ateu até mais ou menos os 8 anos de idade. Até então nunca tinha ouvido falar de Deus e ignorava sua existência. Caso nunca tivessem me falado sobre Deus eu continuaria vivendo normalmente como ateu até hoje.
Entretanto, como sou de família católica, meus pais me matricularam no catecismo, o qual cursei durante dois anos. Acho que isso foi dos meus 9 aos 10 anos.
Durante este período em que era uma criança e não tinha muito poder de decisão. Fui doutrinado pelo catolicismo. Aprendi que Deus existia, e que devemos acreditar nele e seguir seus mandamentos, caso contrário iremos queimar no inferno que nem frango de padaria.
Eu me lembro que ainda criança cheguei a duvidar diversas vezes da existência de Deus, porém sempre que a dúvida chegava, chegava também o medo de ser castigado ou ir para o inferno por ficar duvidando do que a igreja dizia. Daí, infelizmente, desistia de duvidar.
Posso dizer que ser cristão foi uma imposição do meio em que vivia. Somente quando adquiri mais experiência de vida é que tive condições, através de muitos questionamentos, de me tornar ateu.
Após terminar o catecismo, continuei frequentando a igreja católica até os 14 anos de idade, quando então tive contato com vários adultos que eram evangélicos e me convenceram a ser também um evangélico.
Foi muito fácil deixar de ser católico e virar evangélico. Afinal de contas a Igreja Católica que frenquentava era muito formal e ritualista, não conhecia ninguém da igreja, simplesmente assistia a missa todo domingo e ia embora para casa sem falar com ninguém e ninguém falava comigo.
Por outro lado, na igreja evangélica era bem diferente: todo mundo se conhecia e no final do culto as pessoas iam cumprimentar os visitantes. Então passei a gostar mais de frequentar a igreja evangélica do que a católica e me batizei como protestante com 14 anos de idade.
A partir daí passei a me dedicar muito a igreja, cada dia que passava eu procurava me dedicar mais do que no dia anterior. Segue abaixo a relação de quase tudo o que eu fazia nesta época, dos 14 aos 18 anos.
· Eu passava o dia todo orando e louvando a Deus. Desde a hora em que eu levantava de manhã cedo até a hora de dormir, eu não parava de louvar a Deus, andava pelas ruas orando, estudava orando, almoçava orando. Enfim, tudo o que fazia, eu fazia orando;
· Participava de vigílias uma vez por semana, toda sexta-feira. Essas vigílias eram reuniões de oração e louvor que começavam às 22:00 hrs e terminavam às 06:00 hrs da manhã, ou seja, uma vez por semana eu conseguia ficar durante oito horas apenas orando. As vigílias de minha igreja aconteciam toda primeira sexta-feira do mês, nas outras sextas eu participava de vigílias em outras igrejas de diferentes denominações;
· Quinta-feira, em minha igreja, era o dia da semana dedicado ao jejum. Neste dia da semana eu ficava sem comer durante 24 horas;
· Assistia a pelo menos 6 cultos por semana, 2 no domingo (manhã e noite) e um nas segundas, terças, sextas e sábados, sempre a noite;
· Dia de domingo durante a tarde eu visitava uma favela para dar aulas de religião a crianças carentes. Eu mesmo montava muitos cartazes para ensinar a dezenas de crianças as histórias da bíblia;
· Não bebia, não dançava, não assistia televisão, não ia ao cinema, não lia jornais e revistas seculares ou seja, não fazia nada de bom em minha vida;
· Aos sábados durante a manhã e a tarde eu participava sempre de atividades diversas ligadas a evangelização. Ia sempre acompanhado por outros evangélicos a hospitais, presídios, faculdades, asilos e parques, sempre para levar a palavra de Deus para diversas pessoas e ainda distribuía muitos panfletos;
· Lia a bíblia diariamente, cheguei a ler toda a bíblia quatro vezes e tinha memorizado muitos capítulos e versículos;
· Lia muitos livros evangélicos. Na minha igreja, eu era a pessoa responsável pela “biblioteca”, que tinha uns 300 livros, os quais li todos. Este meu trabalho na igreja consistia apenas em emprestar um livro para alguém, e depois que a pessoa lesse o livro, me devolvia e eu guardava novamente o livro. Eu me lembro que as pessoas sempre viviam me fazendo consultas sobre os livros evangélicos;
· Participava de uma organização chamada MPC (Mocidade Para Cristo) frequentava as reuniões dessa organização e cheguei a organizar no colégio onde estudava reuniões de estudos bíblicos com os evangélicos da escola. Formei então um grupo que era ligado a MPC;
· Todos os feriados de carnaval e páscoa entre outros, participava de retiros espirituais;
· Eu só sabia conversar a respeito de assuntos ligados a Deus e a religião, não sabia falar de outra coisa;
· Fiquei durante os quatro anos em que fui evangélico sem namorar com ninguém, também não pensava em sexo de forma alguma, caso acontecesse de algum desejo sexual surgir em minha mente, eu imediatamente dizia: “Satanás, você está repreendido em nome de Jesus”, orava e o pensamento sumia. Acredite se quiser, sendo eu um rapaz heterossexual, consegui passar a adolescência, período em que o desejo sexual é intenso, sem pensar em sexo. Isto fazia com que eu fosse uma pessoa extremamente rígida e séria;
· Não admitia de forma alguma que qualquer pensamento que eu considerasse pecaminoso como: raiva, sexo, vaidade, ciúme entre outros, estivessem em minha mente, casos eles surgissem eu dizia: “Satanás, saia em nome de Jesus”, pois achava que era o Diabo quem colocava esses pensamentos em minha cabeça;
· Ainda fazia outras pequenas atividades e sacrifícios para a Igreja, que se eu fosse enumerar aqui encheria várias páginas de texto.
Com essa relação que acabei de descrever, posso dizer com convicção que eu era um verdadeiro crente, caso eu tivesse me dedicado mais do que me dediquei, certamente acabaria enlouquecendo e iria para um hospício, local para onde muitos evangélicos dedicados acabam indo.
Duvido que exista no Brasil algum pastor que tenha se dedicado mais do que eu me dediquei a cumprir os mandamentos da bíblia. Os pastores colocam pedras pesadíssimas para os crentes carregarem, mas, eles são incapazes de carregar uma migalha dessas pedras, e se fazem alguma coisa pela igreja, eles fazem isso por dinheiro.
PODRIDÃO RELIGIOSA
A igreja que frequentava era ao mesmo tempo tradicional e pentecostal, localizava-se em um dos bairros nobres de minha cidade. A maioria das pessoas que a frequentavam eram da classe média, porém, havia muitos pobres, que obviamente eram os que mais se dedicavam a religião.
Eu não frequentava apenas esta igreja, eu ia muito em cultos de outras denominações principalmente Assembléia de Deus e Maranata.
Eu adorava ir a igreja, era uma sensação muito agradável que eu sentia lá dentro. Eu chegava na igreja, cumprimentava os irmãos com a saudação: “a paz do Senhor”, logo que eu entrava, sentia o cheiro de flores que criava uma atmosfera bem mística. Os cultos de domingo começavam com louvores, cantávamos em pé e batendo palmas diversas músicas alegres, cujas letras eram projetadas na parede, e quando estávamos bem relaxados e tranquilos e com a mente vazia, começava a pregação.
Toda religião tem o efeito de uma droga. Elas nos fazem esquecer nossa realidade e entramos em outra realidade feita de sonhos e fantasias.
É normal do ser humano querer se drogar. As pessoas podem usar qualquer tipo de droga como o álcool, tóxicos e religião, até que se faça uma avaliação de custo-benefício, e perceba-se que o custo de se usar uma droga é muito maior do que os benefícios. Benefícios esses que consistem apenas em momentos de êxtase e alegria.
Como exemplo de que as pessoas gostam de se drogar, perceba como muitas crianças gostam de abrir os braços e ficar rodando sem sair do lugar até sentirem-se tontas ou cairem. Este é apenas um exemplo dentre muitos das formas de se drogar que as pessoas usam.
Eu já me droguei e muito com a religião, fui um viciado em religião, até o dia em que descobri o alto custo desse vício.
Era muito gostoso quando eu me reunia com os irmão (irei chamar aqui de irmãos os membros da igreja), e nos abraçávamos em circulo e de joelhos começávamos a orar por bastante tempo. Era um prazer que me fazia ser uma pessoa mais “espiritual”, porém anulava-me como ser humano e impunha em mim uma cultura de apatia diante da vida.
O ser humano tem uma necessidade muito forte de pertencer a um grupo. Essa necessidade está gravada em nosso código genético, é comum a todos os mamíferos. Se nos isolamos, ficamos muito tristes, e não conseguimos ser felizes sozinhos.
As igrejas evangélicas suprem essa carência humana, pois lhe oferecem um grupo para pertencer. Grupo este que muitos fieis encaram como sendo sua própria família, e era exatamente assim que eu via a minha igreja.
Logo que você entra para a igreja a primeira coisa que os lideres religiosos fazem é eliminar o seu espírito crítico. Dizem que você jamais deve olhar para o homem, você só deve olhar para Deus, pois se você olha para o homem você acaba se desviando de Deus, ou seja, você tem que desviar os olhos de tudo de errado que existe na igreja, pois se você ver as coisas erradas você deixa de ser crente e terá que torrar eternamente no inferno.
Outra coisa que se aprende na igreja é que a fé pertence a Deus e o oposto da fé que é a dúvida pertence ao Diabo, ou seja, sempre que você tem uma dúvida é porque Satanás está te influenciando, e deve-se eliminar a dúvida imediatamente para não pecar.
Como eu não olhava para o homem, somente olhava para Deus, eu deixava de ver as coisas erradas que aconteciam em minha igreja, porém alguns erros os quais eu desviei os olhos para não ver, me vieram a cabeça, logo depois que eu deixei de ser evangélico.
Em um determinado local da igreja, que era acessível a todos, havia uma espécie de mural, onde eram colocados envelopes para os dizimistas. Cada pessoa que contribuía com dez por cento do seu salário para a igreja, tinha que mensalmente ir até esse mural e pegar um envelope com o seu nome. No primeiro domingo do mês (o domingo do dízimo) a pessoa deveria depositar esse envelope com dez por cento de seu salário na sacolinha de coletas. Havia todo um ritual para a entrega do dízimo, de forma que todos sabiam quem era dizimista e quem não era.
O dízimo era considerado algo sagrado e os lideras da igreja (pastores, tesoureiros, presbíteros) tinham a necessidade de saber quem é que contribuía e com quanto para poder favorecer mais as pessoas que mais davam dinheiro para a igreja, vou dar um exemplo.
Havia na igreja um senhor, dono de uma escola particular, que ganhava muito bem e era dizimista, mas só frequentava a igreja nos domingos de manhã com sua família. Um dia ele teve um problema no coração e teve que ser internado em um hospital. Imediatamente o pastor da igreja marcou uma vigília, da qual eu participei, apenas para orar pela saúde desse irmão que acabou se recuperando.
Na mesma época, um outro irmão, que era jovem e pobre, porém dizimista e participante ativo da igreja, não perdia um culto e fazia vários trabalhos gratuitos para a igreja, contraiu câncer e acabou morrendo vítima dessa doença. Durante o período em que ele esteve doente ninguém da igreja pediu orações para ele e ele também nunca recebeu nenhuma ajuda da igreja.
Ou seja, a vida de um crente dentro da igreja vale tanto quanto o seu dízimo.
A maioria dos evangélicos não são fanáticos, creio que mais da metade das pessoas frequenta a igreja apenas para se divertir, são pessoas que sentem prazer em participarem de reuniões religiosas. Na igreja em que frequentava, por exemplo, mais da metade dos membros participavam de reuniões em centros espíritas, incorporavam espíritos de mortos na sexta-feira e no domingo incorporavam o Espírito Santo.
Quase todo o ano a igreja mudava de pastor, tivemos um pastor que possuía um carro importado de luxo, que era o carro mais caro existente no mercado brasileiro na época, e esse pastor ao invés de estacionar o carro longe, como os outros faziam, estacionava o carro bem na porta da igreja. Quando o culto acabava, algumas beatas ficavam apontando para o carro do pastor e comentavam rindo dizendo que o pastor era muito rico.
Muitos evangélicos tem consciência do enriquecimento dos pastores devido as contribuições, mas mesmo assim continuam contribuindo, porque querem que o divertimento proporcionado pela religião continue.
Outros se recusam a fazer qualquer tipo de questionamento, acham que se o pastor está roubando, este é um problema do pastor para com Deus, acham que não tem nada a ver com isso. Isto é um grande erro, se você é evangélico e sabe ou desconfia que o pastor de sua igreja está roubando e você não faz nada, então você é conivente com o roubo do seu pastor e está contribuindo para um mundo mais podre.
Cada vez que um novo pastor assumia em minha ex-igreja, ele dizia que foi Deus quem o enviou para uma determinada obra a fazer lá. O que os crentes não sabiam era que cada igreja da denominação pagava um salário para o pastor conforme o total de dizimo arrecadado, e que havia uma negociação salarial antes que o pastor assumisse a igreja, e o pastor acabava decidindo se iria ou não assumir a igreja conforme o salário que fosse receber.
Então, de todos os custos da igreja, parte representava o salário do pastor, outra parte representava os gastos normais de uma igreja (água, luz, limpeza etc.,,,) e outra parte era desviada para o bolso dos dois presbíteros e do tesoureiro da igreja. Um deles trabalhava em uma lojinha bem pequenina de discos de vinil usados, que ficava numa galeria bem pobre, mas, mesmo assim conseguia morar num apartamento bem luxuoso num dos bairro nobres da cidade e manter dois filhos estudando na PUC (a faculdade mais cara da cidade).
Eu tinha uma falsa impressão de estar em um grupo onde as pessoas se amavam umas as outras. Na realidade eu estava completamente enganado, nas igrejas evangélicas ninguém liga para a vida de ninguém, as pessoas lá são muito egoístas e só se preocupam com sua salvação individual. As únicas pessoas importantes lá dentro eram os que faziam parte da liderança que colocavam máscaras e vendiam ilusões.
Se ocorria uma tragédia pessoal na vida de alguém e esse alguém se afastava da igreja, era então porque essa pessoa era fraca ou não era um verdadeiro crente, e acabava sendo deixado de lado pelos irmãos.
Se alguém saia da denominação para frequentar uma outra denominação ou seita, ninguém também ligava.
Caso alguém ousasse duvidar ou fazer algo que fosse contra os interesses dos lideres religiosos, esse alguém sofria algum tipo de pressão para que deixasse a igreja.
Havia uma senhora de classe média, recém-convertida, que se dedicava muito a igreja. Ela trabalhava como diretora de uma unidade feminina da FEBEM (Fundação de bem-estar do menor).
Ingenuamente, ela resolveu convidar diversas meninas internas da FEBEM para participar de nossa escola dominical juntamente com adolescentes de classe média.
Na primeira vez que ela trouxe essas meninas, mais ou menos umas 15 garotas, diversos adolescentes da igreja levaram um susto e se recusaram a permanecer dentro da mesma sala onde estavam as meninas acusadas de pequenos delitos.
No domingo seguinte ela trouxe novamente essas garotas e começou a causar uma divisão na igreja. Uns achavam que as meninas deviam frequentar a escola dominical, mas a maioria dos adolescentes e seus familiares, crentes tradicionais, estavam furiosos e queriam que as meninas não frequentassem a igreja.
Prevaleceu a vontade dos que davam o dízimo mais alto, porém não podiam simplesmente proibir a entrada dessas meninas na igreja, pois do ponto de vista cristão isso não seria nada bonito, daí resolveram adotar uma medida mais covarde.
Simplesmente deram um jeito de afastar a diretora da Febem da igreja. Começaram a agredir ela publicamente, e pelas costas inventavam muitas mentiras a seu respeito. Os que exerciam cargos na igreja começaram a acusa-la dentre outras coisas de frequentar centros espíritas.
Acabou que a irmã não aguentou a pressão e saiu da igreja, e para a alegria da burguesia, as meninas da Febem também pararam de frequentar a igreja.
Muitos são os evangélicos que enlouquecem e acabam sendo internados em hospícios, de tanto se dedicarem ao crescimento espiritual.
Na igreja que frequentava, houve um caso assim, havia uma moça pobre, que há vários anos era crente, ela se dedicava noite e dia ao crescimento espiritual, ela só falava de Deus e nunca perdia uma só atividade da igreja.
De tanto se dedicar ao extremo à igreja, ela acabou entrando em depressão, pois se alguém castra suas próprias necessidades humanas básicas por muito tempo, esse alguém acaba ficando deprimido.
O fato dela ir para a igreja triste e mal-humorada fez com que os irmãos começassem a recrimina-la e a julgar que ela estava se dedicando pouco a Deus, daí a exortavam para que orasse mais.
Para sair da depressão ela procurava se dedicar mais a oração, porém a depressão sempre voltava e os irmãos da igreja passaram a rejeita-la pelo fato dela ter passado a se comportar de um modo diferente.
Por não haver ninguém para ajuda-la, pois numa igreja evangélica é cada um por si e o diabo contra todos, ela acabou enlouquecendo e ficou internada em um hospício durante vários meses.
Nunca mais essa moça retornou a igreja e nunca nenhum dos membros lhe ofereceu qualquer ajuda.
É muito grande a quantidade de evangélicos que tem sérios problemas psicológicos. Nas igrejas que eu visitava, sempre encontrava pessoas muito perturbadas que pareciam ter saído do hospício.
Se você está achando um absurdo o que estou falando, dê um pulo em uma grande praça de sua cidade, e veja a quantidade de loucos que ficam berrando em locais públicos com uma bíblia aberta na mão. Tente conversar com eles e perceba que eles precisam de tratamento médico imediato.
BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Nas reuniões de oração das igrejas evangélicas pentecostais, as pessoas falavam em línguas estranhas. O que significa mais ou menos no meio de uma oração alguém começar a dizer coisas sem nenhum sentido do tipo: “o alcanta silabalais , sibilicantas lecantais savanaix lambalais” entendeu alguma coisa? Pois é, é isso que os pentecostais chamam de falar em línguas, o religioso entra em êxtase durante uma oração e começa a falar palavras que não existem em nossa língua e em língua nenhuma deste planeta, só existe na língua dos anjos, línguas feitas exclusivamente para louvar a Deus. Para falar em línguas a pessoa tem que receber o batismo com o Espírito Santo, que é o batismo dado por Deus.
Esse batismo com o Espírito Santo também possibilita ao crente não só o poder de falar em línguas estranhas, mas também o poder de profetizar. Quando o crente profetiza, ele está deixando que o seu corpo seja usado por Deus, para que Deus, ele próprio, dirija a sua palavra profética a sua igreja.
Logo que me tornei evangélico, com 14 anos, comecei a participar de diversas reuniões de oração. Numa dessas reuniões uma senhora incorporou o Espírito Santo de Deus e começou a profetizar, e em sua profecia “Deus” me chamou pelo nome e disse que eu devia me dedicar mais a ele, pois ele (Deus) tinha uma grande benção preparada para mim. Na época como eu era muito novo fiquei muito impressionado com essa profecia e passei a me dedicar muito mais a Deus esperando que ele me mandasse sua prometida benção.
Alguns irmãos da igreja me diziam que eu tinha que ser batizado com o Espírito Santo, pois com o batismo dado por Deus o crente torna-se muito mais espiritual. Então eu comecei a buscar intensamente ser batizado com o Espírito Santo. Passei uns dois anos me dedicando muito a isso. Sempre que eu orava, pedia a Deus que me batizasse. Em todas as vigílias e jejuns dos quais participava eu orava com muita fé para que Deus me concedesse a graça de poder falar em línguas estranhas para ser um crente mais forte.
Eu estava me tornando muito fanático e obcecado pelo ideal de receber o tal do batismo de fogo. Grande parte do meu fanatismo surgiu em virtude dessa busca por este “fenômeno” miraculoso. Até que um dia eu estava orando numa praia, ajoelhado junto com alguns irmãos da igreja, e de repente, o meu sonho, pelo qual eu já vinha me dedicando há muito tempo tornou-se realidade, eu comecei a falar em línguas e esta foi a experiência mais extraordinária que eu já vivi em minha vida.
Naquele momento, foi como se eu tivesse deixado meu corpo, eu já não tinha mais controle sobre o meu corpo, e minha boca começou a falar palavras desconhecidas para mim durante muito e muito tempo, e naquele momento eu só tinha os meus pensamentos, pois o meu corpo era como se não me pertencesse, era como se outra pessoa tivesse se apossado dele, e essa pessoa era Deus, e só havia sobrado para mim os meus pensamentos e em meu pensamentos eu louvava a Deus com a maior alegria que eu já experimentei em minha vida.
Ser batizado com o Espirito Santo é realmente uma experiência fantástica. A alegria que eu sentia naquele momento compensou muito do sofrimento pelo qual eu passava por ser um evangélico dedicado.
Logo depois que eu parei de falar em línguas, as pessoas que estavam comigo me parabenizaram por eu ser o mais novo batizado com fogo da igreja.
Em grande parte das reuniões de oração das quais eu participava, eu falava em línguas. Essa era uma sensação muito maravilhosa, que me estimulava a frequentar igrejas cada vez mais e mais, porém para conseguir atingir esse grau de êxtase religioso, eu tinha que sempre estar me dedicando a orações e me afastando das coisas consideradas mundanas pela minha religião.
Apesar disso tudo eu ainda não estava satisfeito com a minha performance como pentecostal. Eu queria mais, muito mais do ponto de vista espiritual. Passei então a buscar o dom da profecia, não queria apenas falar em línguas, eu queria também ser usado por Deus para que ele através de mim, transmitisse sua mensagem a igreja. Da mesma forma que eu tinha um dia conseguido atingir o objetivo de falar em línguas, consegui também um dia profetizar, falei algumas palavras, todas exortando os irmãos a se dedicarem mais.
Experimentando essas sensações eu conseguia ter forças para enfrentar a hostilidade de minha família e dos meus colegas de escola em relação a meu fanatismo. Uma das grandes dificuldades que eu tinha para sair do meu fanatismo era a hostilidade das pessoas que não eram evangélicas em relação a minha crença. Isso fazia com que eu só quisesse ter amizade com evangélicos, pois só os evangélicos aguentam alguém que só sabe falar de Deus.
Muitas pessoas não-evangélicas que me conheciam não conseguiam compreender o porquê de eu me dedicar tanto a igreja. O que acontecia lá dentro para que eu tivesse tanta fé. Simplesmente acontecia que eu ouvia Deus falar através dos irmãos, eu falava em línguas de anjos e perdia o controle sobre o meu corpo, assistia diversos exorcismos e cura divina. Então era praticamente impossível que eu abandonasse minhas crenças pois todas as “evidências” que eu tinha na época me apontavam no sentido de que Deus existia e que o Protestantismo era a religião de Deus.
É muito difícil para uma pessoa como eu era sair da igreja, eu estava fechado em meu mundo, onde Deus e o Diabo eram os responsáveis por tudo o que acontecia ao meu redor. Eu era completamente imune ao pensamento crítico, baseava minhas escolhas na emoção e não na razão. Tudo o que eu tinha que decidir, eu decidia perguntando o que é que Jesus faria no meu lugar, ou então eu orava esperando uma resposta de Deus. Eu era daqueles que acreditava com certeza total que o homem tinha vindo do barro e a mulher da costela.
Orar e ir para a igreja, eram duas coisas que se transformaram em um vício para mim. Se por acaso eu faltasse a algum culto eu me sentia muito culpado por isso. Passava o dia inteiro esperando dar a hora de ir a igreja, e quando eu estava na igreja eu me sentia muito bem. Eu adorava participar dos cultos era um prazer muito grande que eu sentia.
Eu vivia como um zumbi. Passava o dia inteiro orando, e as pessoas não-evangélicas que tinham contato comigo percebiam que eu era um fanático religioso, porém, infelizmente ninguém nunca quis me ajudar a largar o fanatismo religioso. As pessoas só sabiam me hostilizar pelo que eu era. Eu também era muito hostilizado em minha família, porém os meu pais permitiam que eu frequentasse a igreja porque achavam que frequentando igreja eu estaria imune ao vício das drogas, porém eles se esqueciam que eu estava me drogando com a religião.
Para que uma pessoa como eu era deixe de viver no fanatismo religioso e passe a ter uma vida saudável, existem dois caminhos: ou a pessoa é submetida a um trabalho de valorização de sua auto-estima ou a pessoa tem que passar por um trauma. Para que eu caísse na real, tive que sofrer um trauma e assim mudar o meu jeito de viver.
TRAUMA
Eu frequentava diversas igrejas além da minha de batismo. Eu fazia isso porque achava insuficiente a quantidade de cultos que havia em minha igreja e também porque queria ter experiências diferentes em outras denominações.
Certa vez fui comecei a me reunir com um grupo que se reunia nos lares. Eles não tinham um lugar certo para se reunir. O líder desse grupo que se denominava apostolo de Jesus, um dia durante uma oração recebeu uma mensagem de Deus. Deus nesta mensagem dizia que ele tinha uma palavra a falar com a minha igreja. Ele me falou com os olhos cheios de lágrimas que Deus lhe tinha dado uma revelação e que precisava passar essa revelação para a igreja que eu frequentava. Este senhor era um líder para mim. Ele exercia uma influência muito grande sobre mim, por isso eu aceitei que ele estava dizendo a verdade e que Deus tinha realmente lhe dado uma revelação. Acho que eu tinha sido hipnotizado pois quando ele falava comigo sempre olhava fixamente para os meus olhos. Eu tinha muita fé que tudo ia dá certo, e que sua palavra seria realmente uma benção.
Era costume de minha igreja se reunir nos lares toda segunda-feira. Nenhuma dessas reuniões havia sido realizada em minha casa, então ofereci minha casa para a próxima reunião e aproveitei e convidei o auto-proclamado apostolo para repassar para os irmãos de minha igreja a mensagem que ele tinha recebido de Deus.
No dia da reunião havia mais ou menos umas vinte pessoas em minha casa. Começamos a reunião cantando músicas. Depois eu falei um pouquinho e passei a palavra para o meu amigo que tinha a mensagem de Deus. Ele começou a falar, e conforme ele falava todos os que o ouviam ficaram impressionados e maravilhados com suas palavras, pois ele era muito carismático e falava muito bem, ao final da reunião todos estavam muito emocionados e pensavam em seguir as orientações dadas por ele. A reunião havia acabado porque já era hora das pessoas irem embora, mas ninguém queria sair todos queriam ouvir mais sobre o que ele tinha a dizer então foi marcada uma segunda reunião para o próximo domingo à tarde, na residência de uma senhora que estava presente na ocasião.
Na segunda reunião estavam presentes poucas pessoas, porém uma das pessoas que foram nesta reunião, era uma senhora, que não estava na primeira reunião, ela era formada em teologia, e tinha adquirido recentemente o cargo de presbítera de minha igreja. Este cargo só era inferior ao cargo de pastor, porém os presbíteros de minha igreja, que eram dois, também recebiam salários pagos pela igreja, fora o que eles ganhavam por fora. Ela fora convidada por alguém para participar da reunião porque alguém achou que ele estava falando coisas diferentes da doutrina de minha denominação, daí ela foi para verificar.
Não houve cantos no inicio da reunião, meu amigo apostolo já começou falando, porém, enquanto ele falava, esta presbítera sempre o interrompia fazendo uma série de questionamentos, e como estes questionamentos eram muitos ele começou a se irritar e destratou ela, então ela baixou a cabeça e começou a ficar anotando em um caderno tudo que ele tinha dito. Logo depois ela saiu da reunião muito enfurecida e chamou outras cinco pessoas de minha igreja que também estavam na reunião para que saíssem, e a reunião continuou sem a presença deles.
No final desta reunião, eu quis sair para poder participar do culto de domingo a noite de minha igreja, porém o meu amigo me impediu de fazer isso, ele me disse que se eu fosse eu seria extremamente agredido na igreja pelo fato da presbítera ter saido irritada e que se eu fosse, eu seria tão agredido que nunca mais iria querer ouvir falar de Deus. Eu não acreditei a principio em nada do que ele dizia. Quis sair daquela residência para poder assistir o culto, mas ele me impediu fisicamente de sair daquela residência e acabou que eu não assisti o culto de domingo a noite.
Na segunda-feira um amigo meu de minha igreja, que era da minha idade, me telefonou dizendo que o culto no lar daquela semana seria na casa da presbítera da igreja, e me deu o endereço dela para que eu fosse. O meu amigo apostolo tinha me alertado que eu não deveria mais participar de nenhum culto de minha denominação, mas eu resolvi não seguir seu conselho e aceitei o convite do colega de minha igreja.
Cheguei então na casa desta presbítera. Cumprimentei a todos e a reunião começou, cantamos diversas músicas no inicio, depois ela passou um bom tempo falando em línguas estranhas (tenho certeza total que ela estava fingindo falar línguas estranhas para impressionar a todos). Depois do seu show de dons espirituais ela começou a falar, e começou a falar mal do meu amigo apostolo e do que ele tinha dito na reunião de domingo a tarde, eu não gostei do que ela estava dizendo, pois ela estava inventando um monte de coisas ruins, então pedi para falar, e ela disse que eu poderia falar no final da reunião, então deixei que ela falasse para que no fim da reunião eu pudesse falar.
Aquela era a segunda reunião que era feita apenas para que ela falasse mau do meu amigo apostolo. A primeira dessas reuniões, da qual participaram os jovens da igreja e o pastor, ocorreu domingo a noite após o culto, mas eu não pude participar dessa reunião pois como havia dito fui impedido de ir.
Quando ela terminou seu discurso eu pedi para falar, mas ela disse gritando e com muita raiva que eu não podia falar, e que eu saísse da casa dela. Então eu disse apenas que os irmãos que quisessem me ouvir me esperassem na portaria do edifício, pois eu gostaria de me defender.
A minha atitude foi tão passiva assim, porque eu era uma pessoa muito calma e não tinha nenhuma auto-estima, muito menos amor próprio. Eu não estava preocupado comigo, eu estava preocupado com o meu amigo que eu achava que tinha sido mau interpretado.
Todos na reuniãi eran mais velhos do que eu, que na época tinha 18 anos, porém essas pessoas não enxergavam que eu tinha cometido um erro na tentativa de acertar, e que aquilo não poderia ser considerado um erro, essas pessoas bem mais velhas do que eu, tinha medo de um rapaz de 18 anos, que há 4 anos se dedicava cegamente a religião, simplesmente porque os seus lideres haviam colocado medo neles sobre o que eu tinha a dizer. Eu tinha cometido o terrível pecado de questionar, sem querer e sem saber, a minha religião e esse pecado não tinha perdão, eu tinha que ser excluído da igreja.
Apesar de ser alguém tão dedicado a igreja, isso não impediu que os irmãos começassem a me agredir no final da reunião e eu não sabia como me defender. Consegui que três irmãos, os que eram mais íntimos comigo, topassem me ouvir na portaria do edifício, mas eles me tratavam como se eu tivesse possesso pelo demônio, e como eu estava abalado emocionalmente, não consegui transmitir nada na ocasião, me despedi deles e fui embora para casa.
Enquanto eu ia embora para casa, eu sentia uma dor imensa no meu peito, a depressão começou a bater forte, e a dor era tanta que eu já não mais a suportava. Eu amava demais aqueles irmãos, considerava eles como sendo minha família, e nos últimos anos eles eram as únicas pessoas com quem eu tinha amizade e me divertia. A dor que eu sentia era porque eu sabia que nunca mais poderia vê-los novamente, pois os lideres de minha igreja iriam ensinar a eles a me evitarem pois eu tinha passado a representar o demônio. Resolvi na minha trajetória para casa deixar para pensar em tudo que havia acontecido com calma no dia seguinte, fui dormir então tentando esquecer temporariamente o que ocorreu.
Acordei na manhã seguinte com a mesma tristeza, os meus olhos olhavam para o nada, sentei em uma poltrona e fiquei parado durante muito tempo pensando em tudo o que tinha acontecido, e o porquê de tudo aquilo ter acontecido. Eu não entendia nada, era como se minha vida tivesse virado de cabeça para baixo, eu esperava que a palavra daquele senhor fosse ser o inicio de uma grande benção para minha igreja, mas acabou que ela foi o motivo de minha saída da igreja.
Muitos pensamentos começaram a passar pela minha cabeça em um curto espaço de tempo. Comecei a me lembrar de tudo o que eu tinha feito nos últimos anos, me lembrei de tudo de errado que eu tinha visto em minha igreja, me lembrei dos escândalos envolvendo pastores e lideres religiosos que eu conhecia. Eu que não olhava para o homem comecei a enxergar toda a podridão que existia em minha denominação. Comecei a ver a igreja como um comércio, onde a fé era vendida como uma mercadoria qualquer, como uma droga qualquer. Comecei a ver os pastores como ladrões enganadores. Questionava por que é que Deus sendo bom não acaba com a vida dos pastores ladrões que se aproveitam de fraquezas humanas para ganhar dinheiro. E de repente um pensamento bateu em minha cabeça: “Deus não existe”.
A minha dúvida sobre a existência de Deus foi aumentando naquele momento. Cada vez mais encontrava evidências para deixar de acreditar em Deus, mas ai eu pensei sobre os dons espirituais com os quais eu convivia e se isso não seria uma prova da existência de Deus.
Felizmente, havia participado há alguns meses de um curso bíblico em uma igreja batista tradicional. Lá eles não acreditam em dons espirituais, como é o caso do dom de falar em línguas e nesta reunião eu havia aprendido que o falar em línguas acontecia devido a um estado alterado da mente, onde em um êxtase religioso a pessoa tinha delírios. Naquela ocasião eu não acreditei em nada do que eles falaram, mas, naquele momento de dor eu me lembrei do que tinha ouvido e cheguei a conclusão que o falar em línguas estranhas e profetizar não eram provas da existência de Deus. Descobri os mecanismos de nossa mente que nos levavam a isso.
As pessoas não-evangélicas achavam que eu era muito maduro para minha idade. Isso porque eu era muito rígido e sério para um rapaz de 18 anos, daí parecia que eu tinha mais idade, mas na realidade, eu era alguém muito imaturo, pois eu não vivia a vida como os outros de minha idade desde que eu comecei a frequentar a igreja. Daí eu era alguém de 18 anos que tinha a cabeça de um rapaz de 14 anos.
Eu não me tornei ateu naquele dia, porque comecei a achar que tudo aquilo que estava acontecendo era uma provação a qual Deus estava me dando, para ver o tanto que eu poderia ser fiel a ele apesar das adversidades. Daí não deixei de acreditar em Deus de imediato, porém, um mês depois da decepção que eu tive eu já tinha certeza absoluta que Deus não existia e me passei a me considerar um ateu.
Até o dia que eu me tornei ateu, tive que passar por muito sofrimento em virtude das decepções que eu estava tendo. Algumas pessoas da igreja ligaram para minha casa para dizer que eu estava possuído pelo demônio e que tinha que ir para o culto ser exorcizado.
Existia um jovem em minha igreja que era 11 anos mais velho do que eu, e que pretendia ser pastor. O irmão dele tinha acabado de morrer de câncer, e ele estava querendo se vingar do mundo e principalmente da igreja, pois sua família acreditava que seu irmão seria curado com orações, mas acabou que ele morreu. Então esse jovem resolveu que tinha que ser pastor para se vingar dos evangélicos roubando tudo o que pudesse deles. Ele aproveitou que eu tinha cometido um erro para tripudiar em cima de mim e fazer-se passar por bonzão enquanto eu era o ruim, daí ele conseguiu convencer muitos da igreja que eu nunca tinha sido um evangélico e que eu sempre enganei a todos, levando uma vida mundana por fora. Como este jovem era considerado espiritual muitos acreditaram nele. Hoje esta pessoa tem o cargo de pastor e está rica.
Decidi então não voltar mais a minha ex-igreja, e acabou que os irmãos não se interessaram em me procurar ou me ajudar.
CONCLUSÃO
Quando conclui que Deus não existia, meu primeiro pensamento foi que eu era a pessoa mais otária do mundo, pois eu tinha dedicado os últimos anos de minha vida a algo que simplesmente só existia dentro da imaginação do ser humano. Depois percebi que eu não era assim tão otário, pois havia milhares de outros que também se dedicavam muito a Deus, mesmo sem ter nada de concreto para justificar sua crença.
O meu segundo pensamento foi de alivio. Estava aliviado porque não teria mais que queimar no inferno eternamente caso eu me desviasse de Deus. Fiquei feliz por saber que não existia um Deus tão tirano que mandava os questionadores para o inferno enquanto os religiosos iam para o céu.
A minha felicidade maior foi saber que a partir de então eu poderia aproveitar minha vida intensamente, poderia fazer tudo que eu quisesse fazer, poderia pensar em sexo, dançar, sentir raiva, sentir tristeza, cobiçar e fazer ou pensar em tudo de bom ou de ruim que eu quisesse. Não precisava sentir culpa, eu era livre e não teria que prestar contas a ninguém em um futuro julgamento nos céus.
Apesar da dor que estava sentindo por tudo o que tinha acontecido, eu comecei a achar bom o que aconteceu, eu achei bem-feito para mim para eu deixar de ser bobo, achei também que foi melhor eu ter passado por toda aquela dor do que ter permanecido fiel a religião evangélica. Antes vivenciar toda a dor que eu senti do que desperdiçar mais um dia de minha vida, que é única e preciosa, sendo um religioso praticante.
Eu tinha aprendido a questionar. Questionar para mim tornou-se um grande prazer. Hoje questiono a tudo e a todos, e quero conhecer toda a verdade que estiver ao meu alcance, mas para conseguir isso sei que tenho que questionar e questionar e só acreditar naquilo que possa ser comprovado cientificamente.
Passei a valorizar mais o ser humano, antes via o ser humano como um pecador que tendia a perdição, mas depois que deixei a religião passei a ver o ser humano como a pedra mais preciosa e que enquanto mais trabalhada for por bons pensamentos, melhor fica.
Nossa vida é muito preciosa, e ela é finita no tempo, por isso temos que dar o melhor proveito para a nossa vida. Jamais devemos viver em vão ou anular nossa vida por causa de um ideal religioso, pois somente os lideres das igrejas e que ganham com isso, nem o religioso fiel nem o mundo ganham nada com a dedicação religiosa, que é pura perda de tempo.
Nunca nenhuma religião fez nada de bom pelo nosso mundo, somente a pessoa que tem consciência da importância de sua vida é que pode fazer algo de bom para melhorar nosso mundo. Se você não ama a si mesmo você jamais poderá amar todos ao seu redor. Hoje vivo bem melhor do que quando era evangélico. Troquei a fé pela dúvida, a emoção pelo razão, a culpa pela liberdade e principalmente troquei Deus pelo ser humano.
Autor: Anônimo.
Bem nesse depoimento vimos como uma pessoa pode ser iganada com uma religião, gostaria de conhecer quem escreveu esse depoimento mais infelizmente não tem autor definido então fica ai a sua contribuição!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Lindo exemplo de amor cristão
Exemplos (todos mantendo seus respectivos erros de português):
Pode ser que algum cristão se passe com vocês e entre por ali a dentro [do local do encontro de ateístas] e comece a disparar a torto e a direito.
Qualquer dia dá-se o impensável (…) As ameaças tem sido mais que muitas…e voces seus porcos não as tem ouvido.
Pode ser que em breve vocês tenham um doloroso aviso…quem vos avisa inimigo é! E vocês tem feito muitos.
(…) que identifiquem e localizem esta gente provocadora e má. E façam o que eu lhes faria se os apanhasse…cortem-lhes as mãos!
(…) deves ter cuidado com o que dizes da boca para fora…acho que ofendes em quem acredita. Se fosse a ti começava a olhar para trás
Exorto aos que se dizem Cristãos a oferecer um testemunho claro e doloroso a quem se presta a este ataque constante á Igreja de Cristo. Exorto os Catolicos a cortarem estas ervas daninhas…
É no que dá a liberdade de expressão! Tudo vale para ofender o próximo. A culpa é da maldita democracia que tudo permite. Deveria ser proibido atacar as religiões.
Exortamos os Cristãos a se fazerem ouvir, defendendo a Verdade…e cortando estas ervas malditas plantadas por satanás.
Se dos 25 mil crentes ali naquela praça,meia duzia vos desse uma carga de porrada (…) para não dizerem as porcarias que dizem,eu ficaria muito contente com tal atitude.
Lindo este exemplo de amor ao próximo dos cristãos, não?
Fonte:http://ateusdobrasil.com.br/artig
Encontro Ateísta em Portugal: http://www.portalateu.com/2008/04/03/en
Eles pregam a paz, a justiça, a liberdade, o amor ao próximo e o não racismo. Coisa que todos eles fazem ao pé da letra.
Hipócritas.
terça-feira, 15 de abril de 2008
POR QUE ME TORNEI ATEU
Qual a minha parcela de culpa por Adão ter comido a maçã da Eva?
Por que Deus então criaria o sexo?
Se o homem é imagem e semelhança de Deus, logo Deus também tem sexo. E ali no jardim do Éden, Adão e Eva, nus, não seria óbvio que a sexualidade se afloraria?
Será que Deus não imaginou isto? Afinal, Deus não sabe o futuro?
É claro que Moisés, quando inventou a criação desse modo, quis simbolizar o fruto proibido que seria o sexo, ou então, que mal teria comer uma simples maçã, a ponto de esse pequeno ato condenar zilhões de pobres almas a viverem no inferno do mundo e depois no inferno eterno? Por não terem seguido os rígidos mandamentos políticos judaicos, e posteriormente cristãos?
E assim perdura ater hoje: A palavra, a verdade. Incontestável, inquestionável. Um manual para aproveitadores, tiranos e facínoras ficarem milionários e manterem a ordem (basta ler na história como foi construído o império do Vaticano).
Hoje, na era do capitalismo desenfreado e midiático, é simples ganhar dinheiro à custa do sofrimento alheio, basta ter o talento da argumentação e da retórica e aprender a selecionar os aforismos bíblicos.
A religião evangélica, a que mais se beneficiou com isso porque, além do mais, não pagam impostos e tem o aval do governo, pois quando os políticos roubam e desviam o dinheiro da saúde, da educação, de geração de empregos, enfim do social, a religião evangélica tem a incumbência de amansar o rebanho, e a responsabilidade de todo despotismo passa a ser da culpa do diabo, do encosto, da macumba, mas que- segundo eles- pode ser revertida toda situação de derrota pela fé. Quanto maior o problema, mais fé é preciso ter e consequentemente mais dinheiro é preciso dar, como dizem os pastores: Quem da à semente é quem semeia, ou é dando que se recebe.
A religião evangélica cura doenças, traz fortunas, isso é possível? Na maioria dos casos eu duvido, e, em outros é aplicada à famosa lei da coincidência. Liberta dos vícios da droga? Não, apenas há uma troca de droga.
No caso da religião católica, vemos constantemente, novamente, o pecado da maçã, mas nos casos dos padres, geralmente eles comem a banana.
Na religião espírita (não vou entrar em detalhes), mas para quem conhece a filosofia idealista platônica, sabe que Allan Kardec copiou ponto por ponto essa farsa de reencarnação.
Nas religiões Afro-brasileiras, umbanda, candomblé, quimbanda, só vou falar que é nada menos uma imitação idêntica (só mudam os nomes) dos deuses pagãos gregos. Os delírios alucinados, a psicanálise explica sem se aprofundar no assunto.
Desde que desembacei as lentes dos meus olhos e comecei a enxergar a vida como ela é, e a questionar essas verdades, as contra-questões mais comuns são: Então quem criou o mundo? De onde vem o sol? As flores? O mar? A estrela?
Ora, não é mais lógico acreditar que o universo é que é eterno e que sempre existiu? Então se sempre existiu ninguém o criou?
Se isso é um absurdo, da eternidade do universo, então, quem criou Deus? Essa pergunta nem o mais sábio dos teólogos saberia responder, somente os ateus: Quem criou Deus?Óbvio, o homem!
Nietzsche explica que o homem precisa de ilusões para viver. Isso é natural, afinal, sabermos que nascemos para morrer, que somos cadáveres adiados como diria Fernando Pessoa, aterroriza qualquer um que se conscientiza de sua finitude, mas colocar os pés no chão ao invés de viver no sono dogmático de paraíso, inferno, castigo, pecado e aceitar que tudo que vive tem começo, meio e fim e que o sofrimento faz parte da vida e assim aproveitar cada minuto da melhor maneira possível, com humanismo, ética, paixão, romance, arte, o mundo seria mais habitável, porque se acreditar em Deus traz benefícios, o Brasil que mais de 90% da população se diz crente; não seria um dos mais violentos, um dos mais desiguais, um dos mais preconceituosos, um dos mais corruptos nesse grande paradoxo entre o que se jura acreditar e o que se faz na pratica.
Marcos Ribeiro
fonte:
http://poesiafilosofiarte.blogspot.com/2008/01/por-que-me-tornei-ateu.html
sábado, 12 de abril de 2008
Cadê Deus?
O que ele é? Um pai? Cadê esse pai que esqueceu dos seus filhos? Por que não está cuidando das crianças que morrem de fome na África? Das crianças que vivem na miséria? E as crianças abandonadas?
Aonde estava deus quando a menina Isabella morreu misteriosamente? E quando a menina britânica Madeleine desapareceu? E quando o menino João Hélio foi brutalmente morto arrastado por um carro por quilômetros de distância? Que pai é esse que julga "onipotente" e não fez nada para salva-las?
Aonde estava deus no atentado 11 de setembro em Nova Iorque? E 11 de maio em Madrid? E de 7 de julho em Londres? Aonde ele está nos atentados quase diários no Iraque?
Por que ele não para com as guerras? Com os homicídios, genocídios, pedofilia, estupros e outras coisas ruins? Por que isso existe?
Por que ele nos criou? Para sofrermos? Temos que sofrer nessa vida e ver as outras morrerem e sofrerem? Para que isso? Como um ser perfeito gera tanta imperfeição?
Será porque temos o tal livre-arbítrio? Ao meu ver não está servindo para nada. Para que serve isso se está prejudicando os bons e beneficiando os maus? Por que há bons morrendo de fome e maus nadando em dinheiro? Tem que morrer de fome nessa vida para viver bem na outra? O que é isso? Um teste? Deus, apesar de ser onisciente, precisa nos testar?
Conclusão:
Tenho essas 6 teorias a respeito de deus:
1. Ele não existe:
2. Se existe, é incompetente:
3. Se existe, nos criou já nos abandonou:
4. Se existe, era só um empregado que foi demitido e não chamaram nenhum substituto:
5. Se existe, não foi ele que criou o mundo e nem cuida dele. Ou seja, deus é um vagabundo:
6. Deus está morto...
http://olivrepensamento.blogspot.com/
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Bíblia abriga duas versões contraditórias da criação do mundo
Deus tem nomes diferentes e realiza ações em ordem inversa em textos do Gênesis.
Datação e contexto cultural explicam incongruências; política também impactou texto.
A maioria esmagadora dos leitores da Bíblia não percebe, mas os dois primeiros capítulos do livro sagrado de cristãos e judeus retratam não uma criação do mundo, mas duas. O ser humano surge de duas maneiras diferentes, uma logo depois da outra, e até o deus responsável pela criação não tem o mesmo nome nos dois relatos.
Essa natureza contraditória e fascinante do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, está sendo revelada por uma série de estudos históricos e lingüísticos do texto sagrado. A arqueologia, por sua vez, mostra a relação dessas histórias com as de outros povos do Oriente Médio -- às vezes tão parecidas com o Gênesis que ajudam a recriar a "pré-história" das Escrituras.
"A hipótese básica é que os textos bíblicos foram reunidos de várias fontes diferentes, de períodos diferentes, ao longo de nove séculos", explica Suzana Chwarts, professora de estudos da Bíblia hebraica na USP. "Essa é a chamada hipótese documentária, discutida aos gritos em qualquer congresso internacional desde o século 19 até hoje", brinca Chwarts, referindo-se às polêmicas que rondam a idéia.
Controvérsias à parte, a hipótese documentária costuma ver dois textos-base principais para as narrativas da criação, conhecidos pelas letrinhas P (primeiro relato) e J (o segundo). As diferenças entre a dupla são numerosas, como se pode conferir no infográfico abaixo.
O relato de P é o único a detalhar a criação de todos os corpos celestes e seres vivos em seis dias. Nele, o homem e a mulher são criados ao mesmo tempo, e a divindade usa apenas palavras para fazer isso. Já o relato de J inverte a ordem de alguns elementos e, na verdade, enfoca apenas a criação dos seres humanos (trata-se da famosa história do homem feito de barro e da mulher modelada a partir de sua costela).
De quebra, os personagens que comandam a ação parecem não ser os mesmos. O primeiro recebe o nome hebraico Elohim (originalmente uma forma do plural, como "deuses", mas usada para designar uma única divindade), normalmente traduzido simplesmente como "Deus". O segundo é apresentado como Yahweh Elohim (dependendo da versão da Bíblia, chamado de "Senhor Deus" ou "Javé Deus" em português). Os indícios nesse e em outros textos bíblicos sugerem que os dois nomes refletem a influência de antigos deuses pagãos sobre a concepção de Deus dos antigos israelitas, autores e editores da obra.
As idéias sobre a origem dos relatos são variadas. Recolhendo pistas no texto hebraico completo da Bíblia, há quem aposte que J é o material mais antigo da dupla, tendo sido composto por volta do ano 700 a.C. Por outro lado, fala-se numa data mais recente para P, talvez a fase que se seguiu ao exílio dos habitantes do reino de Judá (a parte sul do antigo Israel) na Babilônia -- ou seja, pouco antes do ano 500 a.C.
Chwarts, no entanto, diz que a principal diferença entre a dupla talvez não seja a data, mas a visão de mundo. P teria sido escrito pela casta sacerdotal israelita, a julgar pelo seu ritmo altamente ritualizado e organizado. "Ele é arquitetonicamente estruturado e ordenado, hierárquico. É totalmente antimitológico: tudo é criado pela palavra, inclusive os astros celestes, que são divindades em todas as outras culturas do Oriente Médio antigo, viram meras criações de Deus", afirma ela. Já o segundo relato "não traz uma reflexão filosófica, mas reflete a visão popular de um camponês na terra de Israel. Esse é um deus mais paternal: quando cria o homem, o verbo usado é yatsar, ou seja, modelar a partir de uma substância", explica.
O curioso é que elementos que lembram tanto a primeira quanto a segunda história da criação aparecem em textos desencavados por arqueólogos no Oriente Médio. "A imagem de deuses fazendo uma série de pequenos humanos com argila, como se fossem oleiros, também é muito comum", lembra Christine Hayes, professora de estudos judaicos da Universidade Yale (EUA). O mais famoso desses textos mitológicos é o "Enuma Elish", achado no atual Iraque e escrito em acadiano, uma língua aparentada ao hebraico. Tal como o primeiro capítulo do Gênesis, o "Enuma Elish" também descreve um mundo primordial coberto pelas águas, que é organizado por um deus -- no caso, Marduk, que estabelece o firmamento celeste, a terra firme e os astros.
Como explicar as semelhanças? Para Osvaldo Luiz Ribeiro, doutorando da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ) cuja tese versará justamente sobre a primeira narrativa da criação, não é preciso pensar numa influência direta do "Enuma Elish" (que pode ter sido escrito por volta de 2.000 a.C.) sobre a Bíblia. "Esses relatos dependem mais da plataforma cultural comum do mundo semita [grupo que incluía tanto israelitas quanto os falantes do acadiano]" -- ou seja, teriam apenas uma origem remota comum.
Já Christine Hayes vê as semelhanças, na verdade, como uma crítica polêmica dos israelitas aos seus vizinhos pagãos. Ao adorar um deus único e soberano sobre a natureza, eles teriam usado elementos parecidos para contar uma história totalmente diferente. O deus Marduk, por exemplo, precisou lutar contra uma feroz deusa aquática, chamada Tiamat -- uma espécie de representante das águas primordiais --, para criar o mundo. Já o Deus da primeira narrativa da criação simplesmente manda as águas se mexerem -- e elas se mexem sem resistência, argumenta Hayes.
"O ouvinte antigo imediatamente ia ficar de orelhas em pé. Ia ficar pensando: cadê a batalha? Cadê o sangue? Achei que conhecia essa história", diz a pesquisadora. Chwarts e Hayes também lembram o forte tom de otimismo das histórias da criação bíblica, em especial na primeira narrativa (a segunda é mais comedida nesse aspecto). Ao contrário das histórias similares entre outros povos antigos, os autores e editores bíblicos estariam rejeitando a idéia de que o mal faria parte da estrutura do mundo desde o começo. Não é à toa que, depois de cada obra, afirma-se que Deus viu que aquilo "era bom" ou "era muito bom". "Você sente aquele tremendo influxo de otimismo: o mundo é bom! Os seres humanos são importantes, têm propósito e dignidade", diz Hayes.
A análise moderna do texto hebraico revela outras surpresas em relação a Adão, o suposto ancestral isolado de todos os seres humanos. "Para começar, Adão não é um nome próprio", diz Hayes. A primeira narrativa diz que Deus criou o 'adam -- com artigo definido, como se fosse uma categoria de seres, e não um indivíduo. "Já se traduziu 'adam como o terroso [ou seja, o feito de terra]", conta Osvaldo Ribeiro. De quebra, nesse relato diz-se explicitamente que o 'adam, homem e mulher juntos, são criados ao mesmo tempo e ambos seriam "imagem e semelhança" de Deus.
"É que, no mundo antigo, não se concebe um deus sozinho. Todo deus tem sua fêmea -- não dá para imaginar um deus celibatário", explica Rafael Rodrigues da Silva, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP.
Silva diz que a relação entre 'adam e 'adamah, ou "terra" em hebraico, tem a ver com a idéia de terra enquanto lavoura, terreno para plantar. Nesse caso, as narrativas do Gênesis estariam de olho na necessidade de voltar a cultivar a terra da Palestina depois que o povo de Judá voltou do exílio na Babilônia.
Ribeiro, da PUC-RJ, aposta justamente nessa interpretação social e política para explicar a primeira narrativa da criação. "Essas narrativas tinham uma função específica no antigo mundo semítico, e essa função aparentemente não tinha a ver com a nossa visão delas como relatos da origem de tudo o que existe", afirma. O "Enuma Elish", por exemplo, era recitado na construção de templos e cidades -- como uma parte ritual da ação criadora que estava sendo executada.
Ora, ao voltar do exílio, os ancestrais dos judeus, capitaneados pelos sacerdotes, viram-se diante da tarefa de reconstruir o Templo de Jerusalém -- e o relato da criação seria justamente uma versão ritual desse processo. Ribeiro afirma que há um paralelo claro entre a situação de caos e de desolação antes da ação divina e a terra de Israel devastada pela guerra. "Por exemplo, quando uma cidade é destruída na Bíblia, há a invasão das águas", diz. Isso explicaria também porque, estranhamente para nós, Deus não cria as coisas do nada, mas reorganiza elementos que já estão presentes -- como alguém que traz de novo a lei e a ordem para uma região.
"Eu sinceramente nem sei se os povos semitas antigos tinham essa noção da criação do Universo inteiro a partir do princípio. Para eles, a criação significava provavelmente a criação de sua própria cultura, de sua própria civilização. O que ficava fora dos muros da cidade ou dos campos cultivados perto dela era considerado o caos", afirma Ribeiro.
Diante da história complicada e tortuosa do texto, a pergunta é inevitável: por que os editores antigos resolveram preservar as contradições, em vez de apagá-las?
"Porque ambas eram respeitadas em seus círculos, ambas eram fontes com autoridade, e os redatores bíblicos utilizaram o sistema de edição 'cortar/colar', e nunca 'deletar'. Para o pensamento semita antigo, não há contradição alguma em dois relatos diferentes estarem no mesmo livro. Aliás, a idéia é que a palavra de Deus é múltipla e e se expressa de múltiplas formas, assim como sua verdade", arremata Suzana Chwarts.
fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL388514-9982,00-BIBLIA+ABRIGA+DUAS+VERSOES+CONTRADITORIAS+DA+CRIACAO+DO+MUNDO.html
segunda-feira, 7 de abril de 2008
A Arca da Aliança, doktor Jones?
Também farão uma arca de madeira ,de acácia;
o seu comprimento será de dois côvados e meio,
e a sua largura de um côvado e meio,
e de um côvado e meio a sua altura.
- Êxodo 25:10
Olá crianças,
A palavra “Arca” vem do hebraico Aron, que significa “caixa” ou “urna”. De acordo com a bíblia, suas dimensões são de 2,5 x1,5 x 1,5 cúbitos (1,12m x 67,5cm x 67,5cm), curiosamente, a mesma medida do “sarcófago” da “tumba do Faraó” que as pessoas conhecem como Pirâmides do Cairo. Este sarcófago foi o único objeto encontrado dentro da pirâmide, pois a arca era o único objeto que ficava dentro daquela estrutura geométrica sagrada.
Uma das coisas que ainda não havia mencionado ainda quando falei sobre as pirâmides (e engraçado que ninguém teve a curiosidade de perguntar) é que a chamada “Câmara dos Reis” possui 10,40m de comprimento por 5,20m de largura (arredondando), na proporção exata de 2×1. Estas são as mesmas proporções do Mar de Bronze do Templo de Salomão, de todos os templos gregos e a base de todas as catedrais construídas pelos templários, além de serem das mesmas proporções de algumas coisas bastante importantes tanto em templos maçônicos quanto em templos rosacruzes.
Porém, curiosamente, a altura da câmara dos reis é de 5,81m (arredondando também) ao invés de ser 5,20 (que seria esperado para perfazer “dois quadrados”). Por quê esta altura extra? O que estes números têm de especial? A resposta estará nas próximas colunas, quando chegarmos a 532 AC… eu adianto que tem a ver com a geometria sagrada. Mas fica o desafio aos físicos e matemáticos que sempre nos prestigiam por aqui.
A Arca do Comprometimento
Existem diversas teorias sobre o que seria exatamente a Arca da Aliança. Certamente não era uma caixinha de ouro onde se guardavam pedaços de pedras com 10 mandamentos escritos pois, como demonstramos, ela já estava acoplada no interior da Pirâmide desde antes do Dilúvio e era parte integrante de um sistema que movimentava massivas quantidades de energia. Existem diversas teorias mas a mais provável é que a chamada “arca da aliança” fosse o receptáculo para um equipamento Atlante capaz de absorver e gerar grandes quantidades de energia Mana, que era usada em conjunto com a geometria sagrada da Grande Pirâmide.
Eu vou propositadamente pular toda a parte do Moisés, porque preciso falar sobre Kabbalah antes de explicar o que são os Dez Mandamentos de verdade. Aquelas regrinhas tipo “Não Matarás”, “não roubarás”, etc… constavam TODAS do código das leis Egípcias, então Moisés as trouxe do Egito… elas não foram recebidas de Deus. Os dez Mandamentos dizem respeito às dez sephiroth da Arvore da Vida. Mas como explicar Árvore da Vida vai demorar umas 3 matérias, e eu não quero deixar nada pela metade na virada do ano, assumam que isso é tudo simbólico: o que havia dentro da Arca era o Mana (acumulador e gerador de energia) e as tábuas e a vara são metáforas para os códigos de disciplina e preparação iniciáticas que permitiriam a um iniciado ativar o poder do que estava realmente dentro daquela estrutura.
Instruções para construir sua própria Arca da Aliança
25:10 Também farão uma arca de madeira ,de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura. (11) E cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor; (12) e fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos dela; duas argolas de um lado e duas do outro. (13) Também farás varais de madeira de acácia, que cobrirás de ouro. (14) Meterás os varais nas argolas, aos lados da arca, para se levar por eles a arca. (15) Os varais permanecerão nas argolas da arca; não serão tirados dela. (16) E porás na arca o testemunho, que eu te darei. (17) Igualmente farás um propiciatório, de ouro puro; o seu comprimento será de dois covados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. (18) Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. (19) Farás um querubim numa extremidade e o outro querubim na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. (20) Os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório.
- Êxodo.
A arca ficava originalmente guardada em Shiloh (Josué 18:1, Samuel 3:3) mas era levada frequentemente à frente de batalha. Chegou a destruir as muralhas da cidade de Jericó e era comumente carregada à frente dos exércitos para limpar o terreno da presença de todos os animais peçonhentos. Os sacerdotes que carregavam a Arca (chamados Arcanitas) eram os únicos que podiam tocar na arca, e eles eram iniciados e usavam vestes protetoras para tocar na arca. Qualquer outra pessoa que a tocasse, era fulminada por algum tipo de “energia divina” (ou a carga de eletricidade gerada pelo Mana).
Uma vez, ela foi capturada pelos Filisteus (1 Samuel 4). Após sua captura, a Arca foi movida para Asdod, onde fez com que todos os soldados da cidade fossem infectados com horrendas chagas e tumores. Em seguida, foi levada para Gath, onde causou os mesmos efeitos, e posteriormente Ekron. Após dizimar estas duas cidades, a arca retornou para os judeus após sete meses capturada.
A partir de então, foi guardada em Beth-Shemesh e, mais tarde, na Casa de Abinadad. Após três meses, foi enviada para a Casa de Obed-Edom e finalmente transferida para Jerusalém.
O Tabernáculo
Antes da Arca ficar permanentemente guardada no Templo, ela era carregada pelos sacerdotes através dos desertos, e de tempos em tempos os israelitas construíam um templo chamado Tabernaculo (a palavra Taverna, onde os maçons se encontravam para suas reuniões na Idade Média, vem desta raiz). O tabernáculo dos hebreus (durante o Êxodo) era uma tenda portátil, organizada com cortinas coloridas, montada de forma retangular e seguindo as mesmas proporções da Câmara dos Reis. Esta estrutura era erguida todas as vezes que o exército fosse acampar, orientada sempre a partir do Leste.
Ao centro desta tenda ficava um santuário retangular envolvido em pele de bode, com o teto formado com pele de carneiro. Dentro desta estrutura, eram estabelecidas duas áreas: O local sagrado e o local mais sagrado de todos, separados por um véu. Dentro desta tenda interna ficavam um candelabro de sete braços ao sul, um altar com doze fatias de pão ao norte, um altar para queima de incenso ao oeste. Qualquer semelhança com os rituais e círculos celtas que eu vou comentar mais para a frente NÃO são meras coincidências…
A disposição das estacas também seguia uma estrutura rígida. Elas precisavam estar espaçadas de modo que totalizassem 60 estacas (20 ao norte, 20 ao sul, 10 ao oeste e 10 ao leste), de acordo com Êxodos 35:18. Dentro da estrutura externa, tudo precisava ser montado seguindo rigidamente a colocação, de acordo com as diagonais traçadas a partir de alguns postes específicos, de modo que a Arca ficasse coincidentemente sobre a mesma posição que ficava (proporcionalmente falando) na Câmara dos Reis na Grande Pirâmide.
Agora, vamos ver o que acontece se eu pintar umas posições chaves de vermelho… opa… lembra bastante um certo diagrama que vocês já viram antes, certo? Agora repitam comigo… “A Barca Solar… ops, Arca da Aliança, vai na mesma posição dentro do tabernáculo que uma certa cidade muito importante ocupa dentro dos pontos de energia do Velho Mundo - deve ser apenas coincidência“. Para os irmãos que acompanham a coluna, se vocês imaginarem o templo como sendo uma réplica simbólica do tabernáculo, a posição da Arca é a mesma do L:.L:. - certamente uma coincidência também.
O sacerdote iniciado (cujos chakras também possuem ressonância com esta estranha estrutura de bolinhas e tracinhos chamada “Árvore da Vida” ) desenvolvia certos ritos que eram amplificados pela estrutura simbólica ao seu redor… mas… imagine que legal seria se levassem esta arca e fizessem um templo especial em um local especial nesta cidade especial que eu mencionei acima… não seria supimpa?
O Primeiro Templo
Antes de falar sobre o Primeiro Templo, umas poucas palavras sobre o rei David. Normalmente o pessoal faz confusão porque o Rei David é sempre retratado jovem e Salomão é retratado velho. Para separar: David foi o que matou Golias com o golpe de funda, ele é o PAI de Salomão. Salomão é o rei sábio que merece um post só para ele. O símbolo de Davi (Conhecido como Magen David ou Selo de Salomão entre os Ocultistas) é o Hexagrama. Guardem bem isso: Hexagrama tem tudo a ver com Árvore da Vida e tudo a ver com o Ankh Egípcio. De acordo com as Otoridades, o Ankh é apenas o desenho da fivela do cinto da deusa Ísis (é rir para não chorar… ).No início de seu reinado, Davi ordenou que a Arca fosse trazida para Jerusalém, onde ficaria guardada em uma tenda permanente no distrito chamado Cidade de Davi. Então Davi começou a planejar e esquematizar a construção de um grande Templo. Entretanto, esta obra passou às mãos de seu filho Salomão.
No Templo, foi construído um recinto (chamado na Bíblia de oráculo) de cedro, coberto de ouro e entalhes, dois enormes querubins de maneira à semelhança dos que havia na Arca, com um altar no centro onde ela repousaria. O recinto passou a ser vedado aos cidadãos comuns, e somente os levitas e o próprio rei poderiam se colocar em presença da Arca.
Em Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 AC, o Rei Salomão construiu o Templo para abrigar a Arca, seguindo exatamente as mesmas proporções da Câmara dos Reis da Grande Pirâmide.
A Arca ficou depositada em um lugar chamado “O mais sagrado dos locais sagrados” e depois disso nunca mais é mencionada na bíblia aparecendo em festas ou batalhas.
O Primeiro Templo foi destruído em 586 AC, pelos babilônicos, liderados por Nabucodonosor, e muitos dos estudiosos profanos acreditam que a arca tenha sido destruída neste ataque, mas as Ordens Secretas dizem que a Arca da Aliança foi removida para um local seguro, tanto que não consta de nenhuma das listas de itens e tesouros que os babilônios saquearam… e, convenhamos, a Arca da Aliança estaria no topo da lista se eles tivessem colocado as mãos nela.
E onde esta arca estava escondida este tempo todo? Quem a removeu pouco antes dos ataques e a escondeu? Quem a encontrou e quando? A resposta para isso estará em 1108 DC, quando nove cavaleiros vindos da Europa acamparam nos estábulos do Templo durante nove anos e escavaram no local exato onde ela estaria enterrada… mas isto já é outra história.
fonte:
http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/a-arca-da-alianca-doktor-jones-3258/
sexta-feira, 4 de abril de 2008
A INFLUÊNCIA DA EPOPÉIA DE GILGAMESH NA ESCRITA DO GÊNESIS
a bíblia(assim como outros livros\culturas\) "copiou" algumas coisas dele.
vale a pena dar uma olhada neste artigo.
http://www.klepsidra.net/klepsidra23/gilgamesh.htm
mais uma prova de que a bíblia é apenas um livro que foi montado baseados em vários mitos\contos antigos.
alias,pesquise por Dionísio, Mitra, Hórus, Apolo, Osíris e Pã (este último foi a inspirarão para a aparência do diabo cristão)Você perceberá as semelhanças entre eles e Je$u$
;)
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Pastor desaparecido é encontrado em clube de strip
Uma blitz da polícia no estacionamento do K.C. Lounge encontrou o carro de Craig Rhodenizer, 46 anos.
O FBI e as autoridades de Nova York estavam procurando o pastor desde quarta-feira da semana passada. Rhodenizer é o reverendo de uma igreja de Lyndonville.
O detetive Matt Sturgeon disse que o pastor estava desorientado quando foi encontrado pela polícia. Ele teria afirmado estar se sentindo "emocionalmente culpado".
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte
-
bem ,essa notícia combina muito bem com esse artigo:
depois eles gostam de meter o pau nos ateus, quando deveriam estar olhando para o próprio nariz.
notícias como esta são comuns, mas os teístas parecem querer fechar os olhos para estas coisas.
Enquanto isso pastores\padres enriquecem as custas dos dízimos. Mas o que eu tenho com isso?
não estou dando o meu dinheiro para esses corruptos gastarem em putaria, ternos, carros do ano..
eu acho que lá no fundo, eles realmente não acreditam nestas bobagens que o clero conta, pois eles só querem uma muleta(resposta para todas as perguntas\problemas = deus, deus quiz, deus fez, plano de deus..)
O pior cego é aquele que finge que não vê.